ONG propõe abate de pombas amargosas

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Em conseqüência da forte proliferação de pombas amargosas, causando prejuízos financeiros elevados em várias lavouras, e colocando em risco a saúde de pessoas, a ONG Brasil Fauna e Flora – Sul, com sede em Maringá -, apresentará uma proposta polêmica na reunião do Conselho de Defesa do Meio Ambiente de Maringá (Condema) desta quinta-feira (6), às 18h30m, no salão de reuniões da prefeitura maringaense. A entidade ambientalista apresentará requerimento sugerindo o abate dessas aves por pessoas portadoras de registro de armas. O presidente da ONG, Carlos Klichowski, estava em audiência no final da tarde de ontem e deve se pronunciar nesta quinta-feira sobre a questão.


Prejuízos - Atento ao problema, o Sindicato Rural de Maringá reconhece serem “enormes” os prejuízos provocados pela ação das aves, as quais se alimentam de sementes de girassol, sorgo, trigo e soja. A primeira cultura, implantada com apoio da Emater, em parceria com Embrapa e Iapar como alternativa de produção no inverno, está praticamente inviabilizada. Ao se alimentar das sementes, a amargosa impede o crescimento vegetativo da planta. Quando a lavoura atinge a maturação, o prejuízo não é menor por fornecer maior quantidade de sementes à ave. Em razão disso, o girassol começa a ser descartado como matéria-prima para produção de biocombustivel. Nas cidades, a proliferação das pombinhas – em decorrência do desaparecimento de seus predadores naturais provocado pelo desmatamento – traz risco de contaminação e doenças às pessoas. Existe, ainda, a ameaça de queda de aviões pelo risco das aves serem sugadas pelas turbinas.


Abate - Por enquanto, o problema maior é de cunho econômico. No girassol, as perdas variam de 40% a 90%. Algo acima de R$ 1,5 milhão por ano, em âmbito regional. Se considerados os prejuízos na soja e no milho, cujas sementes na fase de germinação são excelentes alimentos para as amargosas, as perdas ficam muito acima de R$ 2 milhões. Legalmente, pode ser feito o abate porque as amargosas provocam danos expressivos em culturas comerciais. Isto está previsto nas Leis 5.197/67 e 9605/98. Por outro lado, na reunião do Condema desta quinta-feira, dia 6, entrarão em pauta outras questões: a) discussão do plano de manejo de arborização de Maringá; b) requerimento da ONG ambientalista BFFC (Brasil – Fauna e Flora Sul), reivindicando à prefeitura de Maringá o monitoramento dos mananciais com nascente no perímetro urbano. Sob responsabilidade dos professores Hugo Zaqueta e Luiza Helena da Costa, será feita, ainda, exposição do projeto do curso de Engenharia Mecânica da UEM sobre poluição sonora. (Assessoria Sindicato Rural de Maringá)

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