OPINIÃO: Exportação - Foco do setor

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Neila Baldi (*)

A eficiência das cooperativas de café pode ser comprovada também pelas exportações. Entre os associados ao Conselho Nacional do Café (CNC), vários já desenvolvem comércio exterior. Desde instituições pequenas, com volumes incipientes, até grandes organizações embarcam todos os anos milhares de sacas de café.


A pioneira foi a Cooperativa Regional de Cafeicultura em Guaxupé Ltda (Cooxupé), que iniciou a venda de café para o exterior em 1978, com 700 sacas. Hoje, a cooperativa exporta 1,3 milhão de sacas, volume que corresponde por mais de 15@ da safra de seus associados. Com essa quantidade, a cooperativa já é o quarto maior exportador do país, atendendo a 35 mercados.


Na Cooperativa São Sebastião do Paraíso (Cooparaiso) o comércio externo reponde por 15% do faturamento. Desde 1994 embarcado café verde em grão para o exterior, hoje a cooperativa atende a 11 países, sendo o Japão e Alemanha os principais consumidores.


Embora 80% dos cafés recebidos pela Cooperativa de Cafeicultores e Agropecuaristas (Cocapec) sejam exportados, o comércio exterior de forma direta ainda é modesto, mas a busca por mercado diferenciado em preço. Em média, a cooperativa embarca 25 mil sacas por ano, com um crescimento anual de 1,5 %. Os envios diretos respondem por 10% das vendas da Cocapec.


O Cerrado também comercializa café com o exterior, por meio do Expocaccer, que vende anualmente cerca de 150 mil sacas de produto especial e o restante de commodity. Toda a exportação é voltada para os Estados Unidos (40%) a Ásia (40%) e a Europa (20%).


A mais nova a entrar no mercado externo foi a Cooperativa dos Cafeicultores da Região de Pinhal (Coopinhal). No meio deste ano, a empresa abriu a primeira torrefadora de café brasileiro na Rússia, a qual processará 50 toneladas por mês do produto.


(*) Jornalista. Artigo publicado na Revista Agroanalysis. Vol 26 – nº 11 – Novembro de 2006.

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