OPINIÃO: O grito das empresas
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*Elias José Zidek
O Brasil caminha para a inviabilização das empresas. Os deputados e senadores são os maiores responsáveis pela criação de amarras e impedimentos que sustentam uma burocracia impressionante. O grau de regulamentação estatal proporcionou um enorme contingente de servidores autoritários, fechados cada vez mais num corporativismo supremo.
Os órgãos públicos com seus fiscais, auditores, promotores, procuradores representam a nova força de trabalho e de poder no Brasil. Audiências, Termos de acordos, Instruções Normativas, circulares, decretos, resoluções, autuações, auditorias, fiscalizações, multas, condenações são a nova ordem estabelecida. O trabalho produtivo das empresas passou ao segundo plano. A prioridade para sobreviver é montar um batalhão de especialistas e multar em cima de leis e normas incompatíveis com a realidade produtiva.
Temos que gastar cada vez mais para produzir menos e pagar mais impostos. A cada semana temos novas leis, novos decretos, novas medidas provisórias que sufocam o setor produtivo. Como exemplo, só na área trabalhista, além dos encargos tributários absurdos, o empresário de vê cumprir:
5% de jovem aprendiz; 5% de deficientes físicos; 8,3% estão em férias; 2,0% afastados e ausentes; licença maternidade (6 meses); licença paternidade; licença aos sindicalistas; estabilidade aos cipeiros e sindicalistas; cumprimento do acordo coletivo; cumprimento da legislação pró-trabalhador. Diante disso pergunta-se: você manda alguma coisa no trabalho da tua empresa? Agora resolveram interferir até nos estágios de alunos nas empresas.
Só para lembrar, você deve obediência ao: Serviço de Inspeções; IAP. IBAMA, entidades de classe. Sindicatos, Receita Federal, estadual, municipal, vigilância sanitária, saúde, bombeiros, polícia, previdência, educação, Procon, fiscais do trabalho, ministério público, guarda florestal e por aí a fora.
Não é por nada que faltam trabalhadores no setor produtivo e sobram no setor público.
Quem ainda deseja produzir?
(*) Diretor Executivo da Frimesa