OPINIÃO: Só o voto responsável transforma

Por João Paulo Koslovski*

O direito de eleger pelo voto direto nossos governantes é uma conquista muito importante e temos que exercê-lo de forma consciente e responsável e, assim, ajudar a mudar nossas comunidades, municípios, o estado e o país.

No dia 3 de outubro, mais de 135 milhões de brasileiros terão a nobre missão de eleger seus representantes para o executivo - governo do Estado e presidente da República - e para o legislativo - deputados estaduais, federais e senadores (dois representantes).

Sabemos que esta escolha é íntima, pessoal, intransferível, até diria: sagrada! Mas é muito importante lembrarmos que só o voto responsável pode transformar nossos anseios em realizações. Precisamos escolher bem as pessoas que irão nos representar a partir do próximo ano, para que elas possam transformar nosso estado, nosso país, numa sociedade mais humana, justa e cooperativa, de tal sorte que todos possam usufruir de uma política séria, voltada para o desenvolvimento das pessoas.

Portanto, é hora de avaliarmos muito bem todos os postulantes. Quais candidatos merecem efetivamente nosso voto, quem realmente defende os interesses da coletividade? Uma escolha errada neste momento pode representar, além da frustração, perdas imensuráveis na viabilização de ações públicas que certamente trariam benefícios a milhares e milhares de pessoas. É preciso entender que uma boa escolha depende exclusivamente só de nós, eleitores!

A história do pós-eleição mostra que uma significativa parcela daquilo que os candidatos prometem não se concretiza, pois é impossível fazer grandes transformações em curto espaço de tempo. Por isso, como cidadãos, temos que estar atentos para analisar as promessas políticas e escolher candidatos que efetivamente se comprometam com ações viáveis e que venham solucionar os problemas estruturais que cerceiam o desenvolvimento e promovam o bem-estar da população.

E, como cooperativistas, devemos considerar seriamente a possibilidade de eleger candidatos comprometidos com os nossos ideais, que defendam ações democráticas de desenvolvimento da sociedade e, sobretudo, das pessoas. Nossos princípios não são temporais nem impraticáveis, pois inserem idéias universalmente aceitas de democracia, acesso à educação e formação, autonomia, intercooperação, participação econômica e interesse pela comunidade.

Analisar também a vida dos candidatos, ver o que já fez como cidadão e como político, quais as propostas que está abraçando para melhorar as condições de vida da população, analisar o seu verdadeiro comprometimento com as causas emanadas da sociedade, o seu caráter, a sua retidão no desempenho das funções que exerceu e que exerce e se está preparado a defender as causas maiores e de interesse de todos.

Lembre-se: as escolhas que fizermos no dia 3 de outubro poderão significar avanços, mas também podem significar retrocessos, os quais poderão interferir em nossas vidas por quatro ou mais anos.

Independentemente da sigla partidária, precisamos de políticos sérios, responsáveis e comprometidos em defender os interesses coletivos e não apenas os interesses pessoais ou individuais. Não anule o seu voto! Essa decisão pode fortalecer políticos oportunistas.

Compreender a importância de bem votar é fundamental, pois isso pode representar a diferença entre a escolha de um bom ou um mau político, um bom ou um mau administrador das coisas públicas. A sua responsabilidade como cidadão, neste momento, é enorme. Não perca a oportunidade de fazer, com o seu voto, a garantia das transformações que você e todos nós brasileiros desejamos.

* Presidente da Ocepar - Sindicato e Organização das Cooperativas do Estado do Paraná