Osmar Dias alerta para necessidade de seguro

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Em discurso no plenário, o líder do PDT no Senado, Osmar Dias, criticou a falta de uma política agrícola no país, a inexistência do seguro da produção e manifestou seu integral apoio à manifestação dos agricultores da região dos Campos Gerais, ocorrida em Tibagi. “Falta no Brasil uma política agrícola com planejamento de longo prazo. O protesto dos produtores do Paraná é um alerta. Em relação ao trigo, o governo tem uma visão totalmente equivocada e uma política imediatista e burra. Prefere importar trigo da Argentina e do Canadá. Hoje isso pode parecer compensador, mas a médio prazo, quando os produtores brasileiros desistirem de plantar trigo, ficaremos dependentes do mercado externo e vão nos cobrar o preço que quiserem.Nos Campos Gerais, onde se produz trigo com alta tecnologia, a produção está estocada nos armazéns porque não há preço nem mercado. A indústria moageira não está trabalhando porque , em função dos equívocos do governo, estão importando farinha de trigo pronta da Argentina”, afirmou.

Seguro rural - Para Osmar Dias, o governo precisa cumprir a promessa da campanha eleitoral, de aprovar a lei que permite a implantação do seguro rural para a produção. “No Brasil há seguro para tudo, mas nenhuma seguradora tem interesse em fazer o seguro da produção. Faltam recursos ao Instituto de Resseguros do Brasil ( IRB), para que ele possa garantir o pagamento do prêmio às seguradoras, em caso de fenômenos climático ocorridos em regiões extensas e com perdas volumosas. É assim que funciona nos EUA, Canadá, Alemanha, Inglaterra, França. As seguradoras fazem o seu papel como empresas privadas mas recebem o apoio das seguradoras oficiais”, explicou. O senador acredita que o movimento de protesto dos agricultores só tende a crescer, porque o governo também não está cumprindo o acordo feito para o parcelamento das dívidas. “Ninguém está pedindo esmola ou pregando o calote. O que os produtores querem é que na impossibilidade de pagar as dívidas que contraíram para plantar as safras, possam ter o direito de parcelá-las, para pagar de acordo com a produção das safras futuras. Este foi um compromisso do presidente Lula e do ministro da Agricultura. E é mais um que só ficou na promessa vazia”, lamentou.

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