PAC IV: Plano frustra indústrias do Paraná

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Apesar de reconhecer o esforço do governo federal em acelerar o crescimento do País, os industriais paranaenses receberam o PAC com certa frustração. ''Quem faz a economia são os empresários e empreendedores, que dependem não só de infra-estrutura física, mas de condições macroeconômicas favoráveis para fazer seus próprios investimentos'', disse o presidente do Sistema Federação das Indústrias do Paraná (Fiep), Rodrigo Rocha Loures, referindo-se, especialmente, a não contemplação de mudanças na política cambial.  Loures afirmou que os investimentos anunciados, além de ''tímidos'', atendem com maior ênfase o setor da construção civil, o que, para ele, evidencia a inexistência de política voltada aos setores industrial e tecnológico.

Questão tributária de fora - O presidente do Sindicato da Indústria da Construção no Paraná (Sinduscon-PR), Júlio Araújo Filho, acredita que o PAC é favorável ao setor, diante dos investimentos em infra-estrutura anunciados, mas também aponta falhas nas medidas. A grande expectativa, segundo ele, era com a desoneração tributária, que beneficiasse a produção e o mutuário, e a redução na taxa de juros de crédito imobiliário -questões que não são tratadas no plano. Para o comércio paranaense, em geral, o clima é de otimismo. ''Essas medidas devem movimentar a economia como um todo e todo e qualquer benefício que atinja a população acaba refletindo no comércio.'', destacou o vice-presidente da Associação Comercial do Paraná (ACP) e presidente do Sindicato dos Materias de Construção do Paraná, César Luiz Gonçalves.

Comércio - Entre os setores do comércio, o que deve ser beneficiado diretamente com a promessa de maiores investimentos em infra-estrutura é o de materiais de construção, que espera crescer, já em 2007, pelo menos, 10% -mais que o triplo do crescimento registrado no ano passado. Outro ponto positivo para o empresário é a consolidação da Lei Geral das Micro e Pequenas Empresas que, para ele, irá estimular o crescimento no índice de emprego formal. Cerca de 80% das empresas de material de construção, informou Gonçalves, encaixam-se na tributação simplificada. (Folha de Londrina)

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