Paraná formaliza coalizão de governadores pró-etanol

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Durante encontro realizado nesta quinta-feira (25/09), em Curitiba, os estados produtores de álcool etanol iniciam uma grande ofensiva para aumentar a produção e a exportação. Sob a liderança do governador do Paraná, Roberto Requião, foi formalizada ontem a Coalizão de Governadores Pró-Etanol Brasileiro, que pretende reunir pelo menos 15 estados. Constituída em caráter permanente, a coalizão pretende promover articulações de caráter político e institucional em conjunto com o governo federal, visando a apoiar o setor sucroalcooleiro. João Paulo Koslovski, presidente da Ocepar, participou do encontro e destacou a importância dessa coalizão, como forma de atuar de maneira integrada, e em conjunto com o governo federal, no sentido de aumentar a produção de álcool e açúcar não somente para o mercado interno, mas também para a exportação.

Economia - A atividade sucroalcooleira, que conta com mais de 300 unidades industriais no País e gera 1,3 milhão de empregos diretos, recupera-se de uma prolongada crise ocorrida na segunda metade dos anos 90, quando o governo deixou a tutela do setor, o que ocasionou, entre outras dificuldades, excesso dos estoques de álcool. O Brasil deverá produzir este ano cerca 12 bilhões de litros de álcool, contra 11 bilhões de litros do ano passado, e só a região Centro-Sul deverá responder por um volume de açúcar ao redor de 19 milhões de toneladas, 2,6% acima do registrado no período anterior.

Economia de divisas ? O Brasil vem economizando uma média de US$ 2 bilhões por ano com a importação de petróleo em função do uso do álcool como combustível (adicionado à gasolina ou puro). Segundo cálculo feito pelo professor Plínio Nastari, da Fundação Getúlio Vargas, nos últimos 26 anos, até o final do ano passado, o Brasil teve uma economia direta de US$ 52 bilhões. Se forem considerados os juros que o Brasil pagaria pelo empréstimo desse montante, a cifra alcança US$ 115 bilhões. Se o Brasil alcançar a auto-suficiência na produção de petróleo, a produção de etanol será diretamente responsável por essas conquistas. Afinal, adota-se o programa de adição de até 25% de álcool à gasolina.

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