Paraná integra grupo de biossegurança
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Dos 27 assentos da nova Comissão Técnica Nacional de Biossegurança (CTNBio), dois serão ocupados por técnicos de instituições de pesquisa do Paraná. Alexandre Nepomuceno, da Embrapa Soja, e Vânia Moda-Cirino, do Iapar, foram indicados e escolhidos como especialistas em Biotecnologia e da Área Vegetal, respectivamente. Os dois pesquisadores, membros titulares da comissão, atuam na sede das instituições, em Londrina. A relação dos integrantes foi publicada ontem, no Diário Oficial da União. A primeira reunião do grupo, para a instalação da comissão e eleição do presidente, acontece hoje, em Brasília. Vinculada ao Ministério da Ciência e Tecnologia, a CTNBio tem a responsabilidade de definir critérios para a liberação da pesquisa, comércio e uso de transgênicos no país.
Trabalhos - O quorum para instalação das reuniões é de 14 dos 27 membros. Mas liberações comerciais de Organismos Geneticamente Modificados (OGM) precisam da aprovação de 18 membros. Em caráter consultivo e também deliberativo, é função da comissão prestar apoio técnico e assessoramento ao governo federal na formulação, atualização e implementação da política dos OGMs e seus derivados. A portaria publicada no Diário Oficial traz apenas 24 nomes. Outros três representantes, que deveriam ser escolhidos pelos ministérios das Relações Exteriores, Desenvolvimento Agrário e do Trabalho e Emprego, ainda não foram indicados. A definição dos novos integrantes ocorre um mês após a publicação do decreto que regulamentou a Lei de Biossegurança (Lei nº 11.105/05).
Desafio - A nova legislação é responsável pela criação de normas de segurança e mecanismos de fiscalização para todas as atividades relacionadas aos OGMs, reestruturação da CTNBio, mas também pela criação do Conselho Nacional de Biossegurança (CNBS) e pela regulamentação das pesquisas com células-tronco embrionárias. Para o pesquisador Alexandre Nepomuceno, o principal desafio da comissão é fazer com que a pesquisa volte a funcionar. Ele explica que entre a aprovação da lei, em março deste ano, e a sua regulamentação, em novembro, o Brasil parou em relação à biotecnologia. Segundo ele, existem mais de 300 processos parados na comissão. Os dois pesquisadores do Paraná já fizeram parte da antiga composição da CTNBio, instituída com a Lei 8.974, de 1995, que contemplava as questões de biossegurança.
Sociedade civil - A sociedade civil também ganha espaço na comissão representada por vários especialistas. Participam profissionais indicados pelo governo federal. O nome do representante da área de defesa do consumidor será sugerido pelo ministro da Justiça; o da saúde, pelo ministro da Saúde; meio ambiente, indicado pelo ministro do Meio Ambiente; biotecnologia, indicado pelo ministro da Agricultura, Pecuária e Abastecimento; agricultura familiar, pelo ministro do Desenvolvimento Agrário; e saúde do trabalhador, indicado pelo ministro do Trabalho e Emprego. O Ministério da Ciência e Tecnologia indicou 12 integrantes. Os escolhidos saíram de listas tríplices, formuladas por representantes de instituições de pesquisa e sociedades científicas. Os outros integrantes são representantes dos ministérios da Agricultura, Pecuária e Abastecimento; Saúde; Meio Ambiente; Desenvolvimento Agrário; Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior; Defesa; Relações Exteriores; e da Secretaria Especial da Aqüicultura e Pesca. (Gazeta do Povo)