PEDÁGIO II: Tarifas encarecem milho em 7,6%

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De acordo com estudo da Ocepar, os pedágios representam 7,6% dos custos de produção do milho paranaense e 4,6% no caso da soja. ''Isso tem um impacto muito expressivo no valor das commodities'', afirma o economista da Federação da Agricultura do Estado do Paraná (Faep), Pedro Loyola. Segundo ele, a posição da entidade é de que nenhuma postergação de prazo dos atuais contratos com as concessionárias deve ser feita sem antes uma auditoria. ''Precisamos saber claramente quanto as empresas estão arrecadando e quais as obras previstas que foram realizadas'', defende.

Sem prorrogação - Para o gerente técnico-econômico da Organização das Cooperativas do Paraná (Ocepar), Flávio Turra, é preciso negociar os atuais valores de tarifa, sem prorrogar prazos. ''Estamos na metade da concessão, que vence em 2023. Neste momento, as concessionárias têm um poder de barganha muito grande. No final do contrato, será mais fácil negociar com elas ou com quem venha a substituí-las'', afirma.

Posição - Já o vice-presidente do Sindicato dos Caminhoneiros Autônomos do Paraná (Sindicam), Laertes José de Freitas, diz que a entidade ainda não tomou posição tendo em vista que nenhuma ''proposta concreta'' foi apresentada. Segundo ele, os autônomos são os que mais sofrem com o pedágio no Estado, uma vez que o governo não fiscaliza a lei que obriga os embarcadores (donos da carga) a arcarem com essa despesa. ''Na maioria da vezes, quem acaba pagando o pedágio do próprio bolso é o caminhoneiro. Ele é o mais sacrificado'', critica.

Muito alto - Segundo Ademir Fernandes Júnior, gestor de Pneus e Pedágios da Rota 90 (transportadora com sede em Ibiporã), as concessões são importantes porque trafegar em rodovia com boas condições pode representar uma redução de até 15% nos custos da empresa. ''Mas as tarifas estão muito altas no Paraná'', afirma.

Planilha - De acordo com ele, o pedágio é o quarto item da planilha de custos da transportadora. O primeiro é o combustível (36%), seguido da folha de pagamento (15%), e da manutenção dos veículos (14%). Já os pedágios representam 10% das despesas, o dobro dos custos que a empresa tem com pneus, que são de 5%. (Com informações da Folha de Londrina)

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