PREÇOS:Cotações agrícolas subiram mais que a inflação no ano passado

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Os preços pagos aos produtores brasileiros subiram mais que a inflação em 2006. Na comparação entre dezembro de 2006 e 2005, os valores foram 15,9% superiores. Isso significa um ganho real de 13,35% em relação à inflação registrada em 2006. O Índice de Preços ao Consumido da Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (IPC/Fipe) foi de 2,55% em 2006. Apenas no mês de dezembro os preços agrícolas subiram 2,6%, impulsionados pelas altas na batata, ovos e algodão. O índice é calculado pela RC Consultores. A estimativa é que a recuperação de preços continue em janeiro.

Grãos - "Na ponta, o produtor ganhou", diz Fábio Silveira, economista da RC Consultores. Ele ressalta, no entanto, que na média, em alguns momentos as cotações estavam muito abaixo das praticadas em 2005. Na avaliação, os grãos foram os produtos que contribuíram para o desempenho positivo do índice de preços do agronegócio. A partir do segundo semestre do ano passado, impulsionados pelas altas nos mercados internacionais, soja, trigo e milho registraram cotações mais elevadas.

Milho - O milho foi o produto que mais se valorizou em 2006, com valores 51,4% superiores aos registrados no ano anterior. O segundo colocado em valorização foi o trigo, com 34,9%. Ambos tiveram ambientes externos favoráveis e internos também, com produções menores. Algodão e soja registraram altas de 20%.Na média, apenas os suínos encerraram os preços com cotações mais baixas, entre as carnes, fechando em - 10,5%. Os preços do boi gordo tiveram variação de 3,9% e os dos frangos, 1,2%. No entanto, ambos foram afetados por restrições impostas pela crise sanitária, com picos de baixas no primeiro semestre.

Preços - A comparação de preços praticados porta a porta, como é o caso, dezembro de 2005 e dezembro de 2006, não retrata a realidade vivenciada pelo setor, segundo Flávio Turra, gerente técnico e econômico do Sistema Ocepar. Na maior parte do ano de 2006, os preços agrícolas das principais commodities (milho, soja, feijão, algodão, arroz, dentre outros) estiveram com seus preços defasados em relação a média histórica. Como exemplo pode-se citar o caso do milho, cujo preço recebido pelos agricultores até outubro foram da ordem de R$ 12,00/saca, abaixo inclusive do preço de mercado internacional, seu preço chegou em dezembro a R$ 18,00/saca. No período de safra, em face dos preços baixos, o governo federal foi obrigado a lançar mão de seus instrumentos de política agrícola, tais como: liberação de recursos para aquisição de produtos e lançamento de  PEP e Prop para escoamento das safra agrícola de 2006.  (Com informações da Gazeta Mercantil)

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