PREVISÃO: Clima traz novas perdas para as colheitas do Uruguai e da Argentina
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A previsões para as perdas no campo nos principais países produtores da América do Sul continuam se agravando. Após o Brasil divulgar uma redução na safra de grãos da ordem de 7 milhões de toneladas, o Uruguai deve anunciar um pacote de medidas para o setor agrícola e decretar estado de emergência em razão da seca. Na Argentina, os ruralistas voltam a pressionar o governo para retirar as restrições na exportação de produtos agrícolas e já falam em desastre agropecuário.
As previsões para as perdas no campo nos principais países produtores da América do Sul continuam se agravando. Após Brasil e Argentina, o Uruguai declara estado de emergência. (Diário do Comércio e Indústria)
Trigo - Para o Brasil, a crise deverá impactar diretamente o mercado de trigo já que Argentina e Uruguai são os principais fornecedores do cereal para o País. A quebra de safra dos vizinhos deve reduzir para menos de 2 milhões de toneladas o volume disponível para a compra de trigo no Mercosul. Com isso, os produtores brasileiros, responsáveis pela safra recorde de 5,5 milhões de toneladas, deverão assistir à uma recuperação dos preços. Desde a suspensão dos embarques de trigo feitos pelo governo argentino, o Uruguai vem se tornando uma importante alternativa para a compra da commodity. Em 2008, o país vizinho enviou ao Brasil 88,15 mil quilos do cereal, além de 40,78 mil quilos de farinha de trigo.
Argentina - Na Argentina, um levantamento do Serviço Meteorológico Nacional (SMN), aponta uma quebra de safra em regiões produtoras de 20% para o milho e 8% para a soja. No caso do trigo, as estimativas da entidade apontam uma safra de apenas 8,8 milhões de toneladas ante 16,3 milhões da temporada anterior, perspectiva ainda menor que a divulgada pela Bolsa de Cereais de Buenos Aires, de 9,3 milhões de toneladas, que já era considerada pessimista.
Crise sem precedentes - A Direção Nacional de Meteorologia do Uruguai, informou que o país enfrenta problemas climáticos desde o segundo semestre de 2007. Para Luis Alberto Lacalde, ex-presidente do Uruguai, o país vive uma crise sem precedentes e que "o governo atual, talvez por conhecimento, não advertiu o quanto custará reparar os danos provocados pela seca". Os produtores uruguaios entregaram um documento a Ernesto Agazzi, ministro de Pecuária, Agricultura e Pesca. Entre as principais demandas está a eliminação de impostos para a pecuária. O governo anunciou a doação de 20 mil toneladas de ração para o gado.As previsões para as perdas no campo nos principais países produtores da América do Sul continuam se agravando. Após Brasil e Argentina, o Uruguai declara estado de emergência. (Diário do Comércio e Indústria)
