PRODUÇÃO: Paraná lidera safra da erva-mate
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Boa parte do setor ervateiro encontra-se no auge da produtividade e tem o que comemorar: a erva-mate é uma realidade econômica no mundo do agronegócio. Ao contrário da agricultura convencional, que vive dias difíceis, o mate se mantém valorizado no mercado, inclusive, no internacional, onde é comercializado a preços historicamente altos. É nesta estação que é colhida a melhor safra da erva-mate. O inverno é o momento ideal porque a planta está em repouso vegetativo e conserva as folhas maduras e ricas em nutrientes, ao contrário do verão, quando está em atividade fisiológica para brotação. O Paraná é o principal produtor brasileiro em volume e qualidade. Cultiva a planta em 176 municípios, envolvendo o trabalho de 51 mil produtores em cerca de 280 mil hectares. A safra principal ocorre entre os meses de maio e agosto. Já a safrinha acontece no verão, quando se fabrica a erva-mate tipo chimarrão cor verde, consumida no mercado interno. São inúmeras as aplicações industriais da erva-mate, decorrentes da composição química da folha, não só para o preparo de bebidas, mas para o incremento de produtos de terceiros mercados.
Uruguai - O Uruguai é o maior importador da erva-mate brasileira. Quase 100% da produção é destinada para aquele país, um mercado que consome cerca de 28 mil toneladas do produto – abastecidas pelo Brasil e Argentina –, por ano, segundo o empresário ervateiro Leandro Beninho Gheno, gerente da unidade da Baldo S/A, em São Mateus do Sul. O Brasil fica com cerca de 80% desse mercado de exportação, que se resume basicamente em erva-mate para chimarrão. A preferência dos uruguaios é pelo mate de sabor mais encorpado sem deixar de ser suave, resultado de um produto de coloração verde ouro, feito só de folhas e estacionado durante oito meses. A Baldo é hoje a maior exportadora do segmento ervateiro do Brasil.
Ampliação - Diversificar o destino da produção ervateira paranense tende a ser compatível com a conquista de novos nichos de mercado, segundo a técnica do Deral/Seab, Neusa Rucker, que concluiu, neste ano, um estudo científico sobre a erva-mate. "Existe possibilidade de expansão da produção de acordo com a demanda de mercado, plantio de mudas com sementes selecionadas de boas erveiras e depende da opção do produtores", diz. Neusa lembra que houve um menor desempenho do setor, entre 2001 e 2004, atrelado aos melhores lucros obtidos com outras culturas, como a soja, estoque de ervais e demanda de mercado. (Folha de Londrina)