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O ministro da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Luís Carlos Guedes Pinto, conheceu esta semana o projeto do Xisto Agrícola, desenvolvido em São Mateus do Sul e disse que apóia integralmente a chegada destes novos insumos aos produtores brasileiros. O anúncio foi feito esta semana ao deputado federal Eduardo Sciarra (PFL) e integrantes das empresas parceiras no projeto, como a Usina do Xisto da Petrobras, Iapar e Embrapa Clima Temperado, além de integrantes do Ministério das Minas e Energia, durante uma audiência no Ministério da Agricultura.
Potencial - Para a continuidade das pesquisas, do uso do xisto na produção de insumos para a agricultura, as empresas parceiras contam com recursos alocados na ordem de R$ 4 milhões, através de uma emenda de Comissão, proposta pelo deputado Sciarra. Pela sua origem orgânica e presença em quantidades consideráveis de macro e micronutrientes, além de outros elementos de interesse, a água de xisto, o calxisto, os finos de xisto e o xisto retortado apresentam potencial para serem usados como matéria-prima para a formulação de novos insumos para a agropecuária brasileira.
Convênio - O projeto foi viabilizado a partir de um convênio celebrado entre a Petrobrás, a Embrapa e o Iapar. A idéia se tornou realidade, através de uma emenda da Comissão de Minas e Energia, para liberação de R$ 10 milhões, também proposta pelo deputado Sciarra em 2003. “Os subprodutos do xisto vão ajudar a reduzir o uso de químicos na agricultura brasileira”, disse o deputado. Este também é entendimento do ministro que mencionou o Programa de Integrado de Rastreabilidade para monitorar agrotóxicos.
Experimentos - A Embrapa está realizando experimentos em quatro áreas (três em Pelotas/RS e um em São Mateus do Sul/PR). Existem 40 formulações a campo sendo testadas, entre as quais nas culturas de soja, milho, arroz, mamona, sete espécies frutícolas e algumas olerícolas. O Iapar, por sua vez, está atuando em 30 propriedades, além de trabalhar na solicitação de reservas de sete patentes, contratação de estudo de mercado e encaminhamento de pedidos para obtenção de estudos de impacto ambiental.
Primeira fábrica - A expectativa dos pesquisadores é de que até dezembro de 2008 comece a entrar em funcionamento a primeira fábrica de produção de insumos desenvolvidos a partir de subprodutos do xisto. Visando amparar empresas interessadas em desenvolver produtos do xisto foi criada a Incubadora Tecnológica na Unidade da Petrobrás de São Mateus do Sul, por meio de parceria com empresas públicas e privadas. “O importante é que existe a possibilidade de baratear os insumos agrícolas, além de ter um produto mais eficiente e menos tóxico. Isso será muito positivo para o País, que não ficará mais dependente somente de produtos importados”, disse Sciarra. De acordo com Luiz Alberto Medeiros Novicki da Petrobrás, o programa está consolidado. O próximo passo é obter a licença ambiental para comercialização da Água de Xisto. Para isso, a Embrapa está preparando um relatório para mostrar a eficiência agronômica da água, que será usada principalmente como matéria-prima para outros fertilizantes, como adubos foliares. (Assessoria de Imprensa – Dep Eduardo Sciarra)