Produtores estão sendo executados pela União

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No Paraná, 42 mil agricultores podem perder as terras, tratores e colheitadeiras dados como garantia para o pagamento de dívidas. Vários produtores do Estado fizeram empréstimos e não conseguiram pagar. Por este motivo foram executados pelo Banco do Brasil. Estes agricultores fizeram um acordo com o governo federal conhecido como Pesa que prevê o pagamento de 10% do valor devido e o financiamento da dívida em um prazo de 20 anos. Os agricultores refinanciaram mas não conseguiram pagar por conta de vários problemas que atingem o campo como as perdas com a estiagem e a baixa cotação do dólar.
Acordo de Basiléia - Agora, o governo federal está executando os agricultores. Devido a um acordo firmado pelo governo brasileiro chamado ""Acordo de Basiléia"", os bancos tanto públicos quanto privados, não podem acumular um número muito grande de inadimplência em relação ao seu capital. Por esta razão, tanto a Caixa Econômica Federal quanto o Banco do Brasil, venderam suas dívidas inadimplentes ao Tesouro Nacional. No caso da Caixa Econômica, criou-se uma empresa chamada Emgea, que administra esses créditos onde é possível obter descontos, cancelamento de multas e, às vezes, até permitindo a doação em pagamento de imóveis.

Sonegadores - No Banco do Brasil as dívidas passaram para a Receita Federal com execução sumária, como dívida ativa da União, transformando os agricultores em uma situação semelhante ou igual dos devedores ou sonegadores de impostos federais. "Estão considerando os agricultores como devedores da Receita Federal e não do Banco do Brasil", destacou o deputado federal Max Rosenmmann (PMDB). Ele explicou que o acordo vinculava a dívida dos produtores no cartório de imóveis e, por isso, estão perdendo os bens como terras e maquinário. De acordo com ele, 60 agricultores de Contenda (PR) já foram executados. (Folha de Londrina)

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