RAMO TRANSPORTE: Cooperativas se reúnem em Cafelândia e apresentam propostas

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Trinta e cinco presidentes e dirigentes de 14 cooperativas do ramo transporte do Paraná solicitaram ao deputado federal Marcelo Almeida (PMDB/PR) apoio para as principais demandas do setor. Nesta segunda-feira (31/05), o parlamentar, que integra a Frente Parlamentar do Cooperativismo (Frencoop) esteve reunido com os cooperativistas na Coopercaf (Cooperativa de Transportes Rodoviários de Cafelândia), em Cafelândia, Oeste do Estado, durante o encontro do setor promovido pelo Sistema Ocepar. Participaram ainda o superintendente adjunto do Sistema Ocepar, Nelson Costa, os analistas João Gogola Neto e Josias Alves, da gerência de Desenvolvimento e Autogestão do Sescoop Paraná, e o assessor jurídico Anderson Eugenio Lechechem. "Apresentamos uma lista com as sete principais demandas do ramo transporte. O deputado se interessou pela nossa causa e assumiu o compromisso de ajudar, imediatamente, em pelo menos duas questões:  a criação de uma linha de crédito para capital de giro e a redução da alíquota do Imposto de Renda para 20%", disse o coordenador do Conselho Especializado do Ramo Transportes e presidente da Cootrasul, de São João (PR), Nelson Canan.

Ações imediatas - Para o deputado federal Marcelo Almeida, a reivindicação de revisão da alíquota do IR para os transportadores autônomos é legítima. "Já solicitei um parecer da Assessoria Técnica da Câmara dos Deputados a respeito do assunto. De imediato, os transportadores autônomos ligados às cooperativas de transportes tem o meu apoio para a redução da base de cálculo do Imposto de Renda dos atuais 40% para os 20% desejados. Vamos estudar o caminho mais rápido e eficiente para que isso seja atendido com agilidade", afirmou. Sobre a criação de linhas de crédito para financiamento de capital de giro das cooperativas de transportes, o deputado Marcelo Almeida comprometeu-se em encaminhar a solicitação ao Governo Federal, por meio do Ministério do Planejamento, e estudar alternativas junto ao BNDES e ao Banco do Brasil. "O Brasil está crescendo e investindo muito em infraestrutura por meio dos PAC (Programa de Aceleração do Crescimento) 1 e 2. O transporte é parte vital da logística para o suporte desse crescimento e não pode ficar relegado a um segundo plano. Vamos trabalhar para isso", destacou.

 

Demais demandas - Sobre os demais itens da pauta, o deputado Marcelo Almeida disse não haver tempo hábil para votação de qualquer um dos projetos apontados como prioritários pelos transportadores. "Estamos em ano eleitoral e a agenda de votação no Congresso Nacional é restrita. Todos os assuntos indicados só deverão ser votados após as eleições", explicou. Os transportadores pediram o apoio do deputado para a aprovação do PLS 380/09, que isenta o IPI na compra de caminhões por parte dos transportadores autônomos; do anteprojeto que altera a Lei 11.442, que disciplina a Carta Frete; e do PL 3833/08, que aumenta para 10% a tolerância máxima sobre os limites de peso dos veículos de carga.

 

Otimismo - O posicionamento do deputado Marcelo Almeida agradou os cooperativistas, segundo revela o presidente da Coopercaf, Dorival Bartzike. "Os levantamentos da Ocepar relativos à situação econômica e financeira das cooperativas e que foram apresentados ao parlamentar mostram bem quais são as necessidades do setor, mas o deputado foi bastante franco em relação ao que é possível fazer. Todos os cooperativistas presentes ao evento gostaram muito do que ouviram e saíram otimistas com a manifestação de apoio do parlamentar. Acho que começamos a entrar no caminho certo para resolver os problemas do setor e fazer com que, finalmente, os cooperados tenham algum retorno pelo seu trabalho", afirmou.

 

As cooperativas - O ramo transporte é mais jovem do cooperativismo brasileiro. No Paraná, há 20 cooperativas de cargas registradas no Sistema Ocepar. A iniciativa surgiu como uma alternativa econômica para motoristas e pequenos empreendedores. Mas, para consolidar sua presença num mercado altamente competitivo, as cooperativas de transporte precisam superar desafios legais e fiscais, como a pesada incidência de tributos sobre o caminhoneiro, as dificuldades de acesso a recursos para capital de giro e renovação da frota, sem contar o já conhecido e complicado tema do vale-pedágio obrigatório. 

 

Agenda - O próximo encontro do ramo transporte acontecerá no mês de julho, em Piên, município da Região Metropolitana de Curitiba.

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