RECURSOS PARA COMERCIALIZAÇÃO: Ministro garante solução para os próximos dias

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O ministro da Agricultura, Reinhold Stephanes prometeu, nesta terça-feira (18/08), ao presidente do Sistema Ocepar, João Paulo Koslovski, durante audiência, em Brasília, que nos próximos dias o governo irá liberar recursos do orçamento da União para apoio na comercialização de produtos agrícolas, especialmente para as operações ligadas a feijão, milho e trigo realizadas por meio de AGF (Aquisições do Governo Federal). Participaram do encontro o secretário executivo, José Gerardo Fontelles e o diretor do Departamento de Comercialização e Abastecimento Agrícola e Pecuário, José Maria dos Anjos, ambos do Mapa.

Entidades - Esta solicitação feita por Koslovski ao ministro, reforça um pedido anterior, formalizado através de ofício pela Secretaria de Estado da Agricultura e do Abastecimento (Seab), Sistema Ocepar e Federação da Agricultura do Paraná (Faep) sobre o assunto. "Nossa preocupação é com os baixos preços recebidos pelo produtor e com a falta de liquidez das duas culturas", esclarece o dirigente. Atualmente, o produtor paranaense está recebendo R$ 25,94 pela saca do trigo, embora o preço mínimo estipulado pelo governo federal seja R$ 28,80. Já em relação ao milho, o preço recebido pelo produtor é de R$ 14,98 a saca, contra o mínimo de R$ 16,50.

Feijão - "A partir da segunda quinzena de julho, os recursos para pagamento das Aquisições do Governo Federal de feijão deixaram de ser liberados. A Conab/PR formalizou pedido de R$ 25 milhões, no entanto, o governo liberou em orçamento R$ 20 milhões. Porém, o dinheiro não foi liberado até o momento", lembrou Koslovski.  Ainda de acordo com o presidente da Ocepar, as cooperativas e os produtores ainda aguardam o pagamento do produto vendido ao governo, que já se encontra nos armazéns credenciados pela Conab. "Além da liberação imediata dos recursos orçados de R$ 20 milhões, são necessários mais R$ 18 milhões para complementar os pagamentos das aquisições", ressalta o dirigente.

Trigo - Já em relação ao trigo, as entidades desejam que o governo mantenha os leilões de VEP (Valor de Equalização de Preços), para escoamento semanal de 50 mil toneladas de trigo do Paraná, e também a realização de leilões PEP (Prêmio para Escoamento de Produto) para escoamento de 200 mil toneladas. Hoje há cerca de 400 mil toneladas de trigo da safra passada estocadas no Estado, pertencentes a produtores e cooperativas. Quanto ao trigo da safra de 2009, a reivindicação é de apoio para escoamento de até 1,5 milhão de toneladas por meio dos seguintes instrumentos: contratos de opção, leilões de PEP e compras pelo AGF (Aquisições do Governo Federal). Os paranaenses devem colher cerca de 3,3 milhões de toneladas de trigo na atual safra.

Milho - Em relação ao milho safrinha, os paranaenses estão solicitando que o governo realize leilões de PEP em volume suficiente para dar liquidez ao mercado, bem como, a compra pelo AGF de 200 mil toneladas do grão. No Paraná, já foi colhido cerca de 69 % da área de milho safrinha, de acordo com a Seab, e a produção estimada é de 4,7 milhões de toneladas. "O ministro nos disse que está negociando com a área econômica a viabilização de mais recursos para o apoio à comercialização dos produtos agrícolas e esperamos que isso possibilite a retomada dos leilões", afirma Koslovski.

Outras Demandas - Durante a audiência com Stephanes, o dirigente cooperativista também manifestou sua preocupação em relação ao Programa de Capitalização das Cooperativas de Produção Agropecuária (Procap-Agro), especialmente sobre a exigência estabelecida da necessidade das cooperativas buscarem junto aos cooperados assinaturas para as NCR (Nota de Crédito Rural) para capital de giro. O ministro disse que será estudada uma modificação. Outro assunto abordado por Koslovski com o ministro foi sobre as mudanças no Código Florestal. O dirigente solicitou ao ministro que as cooperativas sejam ouvidas antes de qualquer definição sobre o tema. Stephanes concordou.

Procap-Agro - Nesta terça-feira, o presidente da Ocepar, João Paulo Koslovski acompanhou o presidente da OCB, Márcio Lopes e dirigentes cooperativas de São Paulo, Santa Catarina, Rio Grande do Sul, Mato Grosso, Minas Gerais, Goiás e Espirito Santo, em reunião com o secretário executivo do Mapa, José Gerardo Fontelles. Na ocasião trataram especificamente sobre o Programa de Capitalização das Cooperativas de Produção Agropecuária (Procap-Agro) e outros assuntos de interesse do cooperativismo brasileiro.

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