SAFRA 2011/12 II: Cooperativas do Paraná esperavam mais recursos

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Logo que primeiras medidas do Plano Agrícola e Pecuário da safra 2011/12 foram divulgadas, no início de junho, as cooperativas do Paraná já ficaram preocupadas com algumas modificações realizadas nas regras e com a não inclusão de alguns programas essenciais à agricultura brasileira. O volume de recursos anunciados de R$ 107 bilhões para a agricultura empresarial, por exemplo, não contempla as expectativas do setor, que havia proposto um aporte de R$ 120 bilhões. "O montante de recursos disponibilizado pelo Governo Federal representa uma correção meramente equivalente à inflação no último ano. O valor não será suficiente para atender as demandas da agricultura em um ano que haverá expansão do agronegócio brasileiro, setor fundamental para equilibrar a balança comercial", afirma o gerente técnico e econômico da Ocepar, Flávio Turra.

Limites - O setor também avalia que outras medidas devem causar impacto negativo, como o estabelecimento de limites de financiamento unificado por CPF e por safra em R$ 650 mil para os produtores de grãos e fibras. "Isso será prejudicial para muitos agricultores, que ficarão limitados a um teto máximo, independente da cultura. Pelas regras anteriores, o produtor podia tomar, por exemplo, R$ R$ 500 mil para o custeio do feijão e, além disso, tomar outros R$ 650 mil para o custeio do milho, somando um total de R$ 1,15 milhão. Para a safra 2011/12, esse agricultor vai poder financiar somente R$ 650 mil", diz Flávio.

Preço mínimo - A redução do preço mínimo do feijão, de R$ 80 a saca para R$ 72 também não foi aprovada pelo setor, que considera a política dos preços mínimos importante para balizar os preços do produto, que possui mercado muito instável. "Com a diminuição dos preços, os produtores de feijão tornam-se muito mais vulneráveis ao mercado", afirma o gerente da Ocepar.

Fundo de Catástrofe - "Nós também lamentamos o fato do governo ainda não ter implementado um "Fundo de Catástrofe", conforme demandam cooperativas e agricultores. Esse fundo seria um instrumento vital à segurança da produção agrícola brasileira, a exemplo do suporte oferecido aos agricultores na Europa no atual ano, em que uma seca assola o continente", completa Flávio.

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