SAFRA DE VERÃO: Produtores aguardam a chuva para realizarem o plantio da soja

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Se a tendência climática identificada pelos centros meteorológicos até quinta-feira se manteve, é possível que a chuva tenha começado a cair na região ainda na madrugada. Se isso não aconteceu, é possível que a chuva chegue no decorrer do dia. A maioria dos agricultores que já plantaram ou que ainda não plantaram suas lavouras de soja está torcendo para que as estimativas estejam certas, Isso porque, quem plantou precisa da chuva para que a semente possa germinar adequadamente. E quem ainda não plantou precisa da chuva para que o solo fique numa condição adequada para o plantio. “Só estamos esperando chover para podermos plantar”, disse o agricultor Edson Pereira, que é associado da Coopermibra (Cooperativa Mista Agropecuária do Brasil) e cultiva junto com a família uma área de aproximadamente 23 alqueires no Sítio Alvorada localizada no distrito de Piquirivai, em Campo Mourão.  Parte da propriedade foi cultivada com milho, que também precisa de chuva para continuar se desenvolvendo.

Plantio - Quem também aguarda a chega da chuva é o agricultor Hélio Romanhuk, que é produtor de hortifrutigranjeiros em Campo Mourão e está com o terreno preparado para o plantio de soja orgânica. “Assim que chover vamos plantar”, afirma Romanhuk.  Segundo o engenheiro agrônomo da Coopermibra, David Leite do Nascimento, o maior movimento do plantio deve começar a partir da próxima semana. "Existe a notícia de chuva por parte da meteorologia e é isso que o produtor está aguardando para iniciar o plantio”, comenta.
Pelo que tem visto em campo, o agrônomo diz que muitos produtores, principalmente pequenos, estão optando por variedades precoces já visando o plantio da safrinha. Já produtores de médio a grande porte estão fazendo o chamado escalonamento com o plantio de diferentes variedades. “Essa é uma medida interessante pois, se houver algum problema climático, isso não vai prejudicar toda a lavoura”, diz David.

Transgênicos - Outra observação feita por ele é a da opção pelo transgênico. Os dados já anunciados pelos órgãos públicos e pela iniciativa privada que fazem o acompanhamento do plantio indicam um índice entre 40% e 50% de transgênico, mas é possível que esse número seja ainda maior. O plantio de transgênico é indicado principalmente para limpeza de áreas que estão infestadas com plantas daninhas de difícil controle. Porém, existem muitos produtores que estão optando por esse tipo de semente com o intuito de economizar como na redução do número de aplicações de herbicidas. Quanto a esse busca pela economia, David lembra que há casos em que os produtores buscam as mais variadas formas de reduzir custos. É que nesse processo existe o risco da adoção de medidas que, depois, podem ser mais prejudiciais do que benéficas. Como exemplo ele cita que o produtor jamais deve abdicar do tratamento de sementes, fazer a dessecação depois do plantio ou ainda descuidar com o tratamento posterior da lavoura. “É preciso seguir a recomendação técnica”, frisa. (Assessoria Coopermibra)

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