SAFRA: Novo cenário já preocupa agricultor

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As colheitadeiras acabaram de ser desligadas e o produtor de soja e milho já está preocupado com a próxima safra de verão. O motivo é a alta dos preços dos insumos. Se no último ano o custo de produção da soja caiu 25% em média – permitindo que o agricultor tivesse um pequeno lucro com a sua lavoura, após dois ciclos de perdas -, de 60 dias para cá esse item favorável na planinha de custos simplesmente evaporou. Só o fertilizante subiu 30%, puxado pelo aquecimento da demanda internacional. Para países que importam 60% da matéria-prima, como o Brasil, isto vai significar uma grande diferença nas contas do agricultor quando ele for fazer as compras do período 2007/08. Para o especialista André Pessôa, da empresa Agroconsult, que esteve na Cocamar no último dia 20 para participar no Fórum “Profissionais de Mercado”, organizado por Ocepar e Sescoop/PR, isto faz com que o cenário para a safra 2007/08 – a ser plantada a partir de setembro – seja menos atraente que o do ciclo 2006/07, terminado recentemente.

Colheita - Não bastasse, Pessôa lembra que alguns fatores “bem consistentes” têm afetado a cotação da soja nas últimas semanas. Na América do Sul, Brasil e Argentina – 2° e 3° maiores produtores mundiais, depois dos Estados Unidos – devem confirmar a colheita de volumes expressivos. Se os brasileiros estimavam produzir inicialmente 56 milhões de toneladas, especialistas já não duvidam que a safra nacional chegará a 58,5 milhões de toneladas, contra 52,6 milhões do período 2005/06. Enquanto isso, nossos vizinhos projetam 45 milhões de toneladas, 13% acima das 42 milhões do ano passado, um recorde. “O problema é que a oferta de soja aumentou de forma considerável no mercado internacional, que se encontra bem abastecido”, diz o especialista. (Flamma Comunicação) 

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