SAFRAS I: Plano Agrícola e Pecuário 2009/10 deverá ter R$ 100 bilhões
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O governo federal deverá liberar cerca de R$ 100 bilhões para o Plano Agrícola e Pecuário 2009/10. O montante é 28% maior do que o volume liberado no ano passado, que chegou a R$ 78 bilhões. O projeto final deverá ser apresentado até o início de junho e ainda está em fase inicial de elaboração. A exemplo dos anos anteriores, os recursos serão destinados ao custeio e ao financiamento da safra. O anúncio foi feito nesta quinta-feira (2/04) pelo ministro da Agricultura Reinhold Stephanes, durante a abertura da 49 Exposição Agropecuária e Industrial de Londrina.
Paraná - Historicamente o Paraná tem abocanhado entre 10% e 12% do total liberado pelo governo federal. ''O plano ainda poderá ter alguns ajustes até o lançamento, mas não haverá cortes. Os cortes (necessários devido ao orçamento menor) atingirão mais as emendas parlamentares'', disse Stephanes. Sem adiantar detalhes, ele afirmou que haverá uma melhoria nos preços mínimos. O percentual de reajuste varia conforme os produtos. Hoje o governo estadual deverá anunciar algumas medidas destinadas à safra de inverno que, entre outros fatores, deverá garantir o preço mínimo de R$ 32 a saca de trigo e melhorias no seguro agrícola.
Projetos especiais - O ministro do Planejamento, Paulo Bernardo, completou que os projetos essenciais do Ministério da Agricultura (Mapa) não terão cortes. ''Será um plano compatível com as necessidades do Brasil'', observou Bernardo. Entre as prioridades assumidas pelo governo estão a sanidade animal; a pesquisa, incluindo a Embrapa; e recursos para a comercialização da safra. Reinhold Stephanes disse que o Paraná será o primeiro Estado do País a ter descentralizado alguns serviços de inspeção relacionados à defesa sanitária agropecuária, que atualmente está a cargo do ministério. Esta etapa faz parte do processo que quer tornar o Paraná área livre de febre aftosa sem vacinação, lançado no mês passado.
Crise - Paulo Bernado também falou sobre a crise econômica mundial, que disse ser ''grande''. ''Antes (da crise) o mundo dizia que os estoques de alimentos estavam baixos e que a tendência era de aumentar o consumo. O Brasil é o grande 'abastecedor' de alimentos e de produção do mundo e teremos a força do campo para ajudar a superar a crise'', observou. O País está sentindo os reflexos da recessão no orçamento, uma vez que a arrecadação caiu. ''Estamos cortando os novos programas, o essencial não será cortado'', garantiu.
Balança comercial - Reinhold Stephanes acrescentou que em janeiro de sete produtos que tiveram desempenho positivo na balança comercial brasileira, seis são agrícolas. O campo, segundo ele, é responsável por um terço da produção brasileira e um terço dos empregos. ''Cerca de 4 mil municípios vão bem quando a agricultura vai bem; 100% das reservas e divisas geradas no País saem da agricultura, que gera superávit e cobre o déficit de outros setores'', completou. (Folha de Londrina)