SANIDADE: Richa garante investimentos para que PR volte a ser área livre da aftosa

  • Artigos em destaque na home: Nenhum

O governador Beto Richa garantiu nesta quinta-feira (16/06), em reunião com representantes da Federação da Agricultura do Estado do Paraná (Faep) e da Secretaria da Agricultura e Abastecimento (Seab), que o Paraná voltará a ser reconhecido internacionalmente como área livre da aftosa e, com isso, possa ampliar as condições de grande exportador do setor agropecuário.

Estudo - Richa recebeu da Faep um estudo sobre estratégias para garantia da sanidade animal no Paraná, de forma a assegurar que o Estado retome até 2014 a posição de área livre da febre aftosa sem vacinação. Por causa da falta de reconhecimento internacional, nos últimos cinco anos o setor agropecuário paranaense acumula os prejuízos que chegam a R$ 4 bilhões, principalmente em razão da queda das exportações.

Agência - Para auxiliar a recuperação do setor, Richa reforçou a importância da criação da Agência de Defesa Agropecuária do Paraná, cujo projeto de lei será encaminhado pelo governo para a Assembleia Legislativa nas próximas semanas. "Há um esforço conjunto do governo com o setor privado para reposicionar o Paraná comercialmente na cadeia produtiva mundial como exportador de carne e proporcionar condições para a erradicação da febre aftosa", disse Richa.

Estrutura - De acordo com o secretário da Agricultura e Abastecimento, Norberto Ortigara, a Agência de Defesa Agropecuária envolverá órgãos do governo, produtores rurais e entidades ligadas ao setor agropecuário e contribuirá para o aumento de competitividade nas exportações de carnes, desenvolvimento de tecnologia nos setores de produção pecuária e industrial e aumento de empregos e renda.

Perdas - "Desde 2005, a economia do Paraná perdeu em arrecadação e com a depreciação do valor da carne no mercado mundial. Temos que unir esforços para que isso não aconteça novamente e acabe tirando o Estado do mercado, como aconteceu recentemente, quando a Rússia suspendeu parcialmente a compra de carne suína e bovina do Brasil", afirmou o presidente da Faep, Ágide Meneguette.

Sugestões - O estudo apresentado pela Faep foi realizado em parceria com a Universidade de Brasília (UNB). O documento sugere iniciativas para reforçar o sistema de defesa agropecuária, envolvendo os governos federal e estadual, prefeituras, institutos de pesquisa públicos e privados e produtores. Além disso, detalha os prejuízos ocorridos nos últimos anos. Os números foram agrupados por área: produção de leite (R$ 258 mil); custo operacional de saneamento (R$ 650 mil); indenizações (R$ 6 milhões); perdas no valor bruto de produção nas cadeias produtivas de bovinos e suínos (R$ 900 milhões); perdas no Produto Interno Bruto (R$ 1,3 bilhão) e perdas com exportações de 2006 a 2010 (R$ 1,8 bilhões). (AEN)

Conteúdos Relacionados