SEGURO AGRÍCOLA: Custeio da próxima safra terá seguro obrigatório com subvenção

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Confirmando informação trazida pelo superintendente regional do Banco do Brasil no Paraná, Danilo Angst, que esteve na Ocepar na semana passada, na contratação do custeio da próxima safra de soja através do banco, os agricultores deverão fazer o seguro agrícola. É o que determinam as regras que entraram em vigor ontem (29/09). O Governo federal irá bancar metade do valor do prêmio. A seguradora do Banco do Brasil (Aliança do Brasil) levará em conta os riscos de ocorrência de sinistros por região do Estado, situação que implicará no percentual variável da alíquota do seguro que incidirá sobre o custeio.

Simulação – Se o produtor contratar seguro a um custo de R$ 50 mil, por exemplo, o governo paga R$ 25 mil e o produtor a outra metade. A parte assumida pelo agricultor ainda pode ser financiada a juros de 8,75% ao ano. Por outro lado, a subvenção à apólice está limitada a R$ 32 mil por produtor. Em caso de sinistro, a cobertura atinge até 70% da produção perdida. De acordo com as regras não está vinculada a nenhuma espécie de franquia.

Taxas – As taxas de contratação variam de acordo com a região e levam em consideração o histórico de frustração por fatores climáticos e da faixa de produtividade segurada pelo produtor. A alíquota vai de 1,94% a 9,97% do valor financiado. O agricultor tem também a opção de fazer o seguro acima do valor financiado, ou seja, ele pode segurar somente o valor de custeio – o banco libera crédito de até 80% do orçamento da lavoura – ou então, optar pela cobertura total, incluindo seu desembolso. Quem já financiou, ainda pode se beneficiar, até o final de outubro.

Coberturas – Segundo informações do Banco do Brasil as regras do seguro agrícola têm como RISCOS COBERTOS: tromba d´água, granizo, geada, chuvas excessivas, seca, variação excessiva de temperatura e incêndio e queda de raio. RISCOS NÃO COBERTOS: Doenças, pragas, seca em culturas irrigadas, perda de qualidade do produto, sinistros após colheita e sinistros ocorridos antes da colheita e avisados após a colheita.

Ocepar – Na opinião de Flávio Turra, gerente técnico e econômico, este seguro vem em boa hora e substitui o Proagro. Para ele a grande vantagem é que o governo irá subvencionar 50% do prêmio, “na prática, esta subvenção beneficiará o produtor, tornando o acesso ao seguro a um maior número de produtores. Os municípios paranaenses foram classificados de acordo com o grau de maior ou menor risco de sinistros”, Turra lembra que a maioria dos municípios do Paraná terão risco baixo para a soja, principalmente aqueles que estão enquadrados no zoneamento agrícola, no caso do milho apenas 90 municípios foram enquadrados como passíveis de enquadramento no seguro rural. “Creio que esta medida vem num momento oportuno e o apoio do governo atende a um antigo pleito do setor”, salienta Turra.

Arenito – Para o coordenador da área técnica da Cocamar, Antônio Sacoman, esta nova modalidade de seguro vem em boa hora, mas lamenta que o benefício não vai chegar aos produtores do Arenito Caiuá, região Noroeste, devido á falta de um zoneamento adequado na região. Ele lembra que um 1/3 dos 294 mil hectares de soja na área de ação da Cocamar está naquela região. (Com informações do BB e da Gazeta do Povo).

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