SEMENTE LEGAL: Governo quer plantio de soja com sementes certificadas
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A Secretaria da Agricultura e do Abastecimento quer incentivar o uso de sementes certificadas no plantio das lavouras de soja na próxima safra de verão 2007/2008. O secretário Valter Bianchini manifestou preocupação com o crescimento do uso de sementes piratas no plantio das lavouras. “O crescimento do comércio ilegal de sementes representa uma ameaça à qualidade das lavouras e aumenta os custos de produção”, afirmou o secretário. Para tratar desse assunto, Bianchini recebeu nesta segunda-feira (28/05) o presidente da Associação Paranaense de Produtores de Sementes e Mudas (Apasem), Almir Montecelli, o diretor executivo, Eugenio Bohatch e o secretário da entidade Flavio Turra. Eles discutiram a adoção de medidas importantes para ampliar o cultivo de lavouras de soja com sementes certificadas. O plantio de lavouras com sementes piratas influenciam na queda de qualidade e o surgimento de doenças nas lavouras, que passam a exigir maior aplicação de defensivos e herbicidas, aumentando os custos de produção.
Condição para financiamento - Bianchini antecipou que uma das medidas a serem adotadas pelo governo federal, que será seguida no Paraná, será a liberação das linhas de crédito e financiamentos apenas para as lavouras que forem plantadas com sementes certificadas, com a comprovação de nota fiscal. O secretário acredita que essa medida poderá reduzir a utilização de sementes piratas. O secretário explicou que até o plantio com sementes crioulas deverá seguir um processo de certificação, analisado por um técnico. O secretário disse que está preocupado com a qualidade das lavouras plantadas próximas às regiões de fronteira, onde os comerciantes vão de propriedade em propriedade oferecendo sementes mais baratas, mas sem certificado de origem e portanto, sem garantia de qualidade.
Semente pirata - Montecelli, da Apasem, estima que o volume de sementes piratas plantadas no Paraná, que historicamente era de 20%, subiu para 30%. Segundo Montecelli, a entidade já promove um programa para incentivar a redução da utilização de sementes ilegais no Estado, que é a troca de grãos por semente. A média varia de 80 a 100 quilos de grão (dependendo da região) para uma saca com 50 quilos de semente certificada. (Agência Estado)