SISTEMA \"S\": Lula deve assinar decreto que inclui trabalhadores no \"Sistema S\"
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O presidente Luiz
Inácio Lula da Silva deve assinar nesta semana decreto que consolida
a participação dos trabalhadores na gestão do Sistema “S”
- formado por serviços sociais da indústria (como Sesi e Senai),
do comércio (como Sesc e Senac), do transporte (como Sest e Senat), da
agricultura (como Senar), além do Sebrae e do Sescoop. A medida vai permitir
que patrões e trabalhadores possam fazer a gestão compartilhada
dos recursos e dos programas.
Regimento Interno - De acordo com o regimento interno do Sescoop, os
trabalhadores já possuem representantes dentro dos Conselhos, Nacional
e Estadual. A origem desses sistemas vem da intenção do patronato
de diversos setores em investir em programas sociais, educativos, culturais
e de formação profissional. Contudo, o debate sobre a participação
dos trabalhadores nesses serviços ganhou peso nos últimos anos,
a partir de reivindicações das centrais sindicais. Um dos espaços
de discussão foi o Fórum Nacional do Trabalho, criado para debater
a reforma sindical e trabalhista. A decisão final de incluir representantes
no Conselho Deliberativo ficou para o Fórum Nacional do Sistema S, um
espaço de diálogo entre empresários, trabalhadores e governo
para produzir estudos e propostas de aprimoramento dos serviços sociais.
Segundo nota da assessoria do fórum, os critérios para a atuação
dos trabalhadores nos conselhos deliberativos das instituições
serão estabelecidos pelo Ministério do Trabalho. Serão
300 cadeiras em todo o Brasil, com seis trabalhadores e seis suplentes no Conselho
Nacional, e de um a três nos conselhos estaduais.
Assinatura - A solenidade de assinatura do decreto está
prevista para quinta-feira (16), na sede da Confederação Nacional
da Indústria (CNI). O Sescoop é uma instituição
privada, sem fins lucrativos, integrante do Sistema "S", criado pela
Medida Provisória nº 1. 715 de 03 de setembro de 1998 e está
vinculado à OCB. O Sistema S surgiu há 65 anos, proposto pelos
empresários Roberto Simonsen e Euvaldo Lodi para a capacitação
de trabalhadores e o desenvolvimento de empresas. Eles propuseram um modelo
de entidade que formaria mão-de-obra necessária com contribuição
compulsória das empresas, recolhida por uma instituição
pública, mas gerida de forma independente pela própria entidade.
A idéia foi concretizada e transformada em lei pelo então presidente
da República, Getúlio Vargas. (Com informações da
Agência Brasil e OCB)