TÉCNICO E ECONÔMICO II: Mapa quer manter preços mínimos do milho na safra 2010/11

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Diante da perspectiva de estabilização dos preços, em função dos altos estoques, o Ministério da Agricultura não pretende mexer nos preços mínimos de milho no Plano Agrícola e Pecuário (PAP) 2010/2011, a ser lançado em junho. A informação é do coordenador geral da área de cereais e culturas anuais da Secretaria de Política Agrícola do Mapa, Silvio Farnese, que, na manhã desta sexta-feira (19/05), participou do Fórum Financeiro e de Mercado 2010, promovido pelo Sistema Ocepar, em Curitiba. Convidado para falar sobre as perspectivas de mercado e diretrizes do PAP 2010/11, Farnese disse que, mesmo perseguindo a meta de exportar 10,5 milhões de toneladas do cereal na safra 2010/11, 2 milhões a mais que na safra passada, os estoques públicos continuam altos, na ordem dos 11 milhões de toneladas. "O governo está fazendo o possível mas, apesar dos mecanismos de apoio à comercialização de milho, o mercado não reagiu", comentou. Segundo levantamento da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), em maio de 2010, os preços pagos ao produtor estavam em R$ 10,50 a saca de 60 quilos na região de Cascavel (PR) e R$ 8,50 no Mato Grosso.  Para estas regiões, os atuais preços mínimos do cereal estipulados pelo governo são, respectivamente, R$ 17,46 e R$ 13,98 a saca.

Leilões de PEP - De acordo com Farnese, dentro do Programa de Equalização de Preços adotado pelo governo federal para garantir renda ao produtor rural também estão previstos 12 leilões de Prêmio de Escoamento de Produto (PEP). O objetivo é retirar do mercado 12 milhões de toneladas de milho, a maior parte da região Centro Oeste do país, onde há mais sobra do cereal e também onde problemas de infraestrutura são maiores, o que dificulta o escoamento da produção. "Na safra passada, cerca de 30% da produção nacional de milho foi comercializada com o apoio do governo. A maior intervenção foi no Mato Grosso (88%), Mato Grosso do Sul (50%), Bahia (38%) e Goiás (30%). No Paraná, apenas 4,5% da safra de milho foi comercializada com apoio governamental", revelou.

Agenda - Os leilões de PEP serão semanais e começam no próximo dia 27 (quinta-feira), às 9 horas. A finalidade é ofertar 1 milhão de toneladas de milho, sendo 600 mil t do Mato Grosso, 130 mil t de Goiás/Distrito Federal, 120 mil t do Paraná, 80 mil t do Mato Grosso do Sul e 70 mil t de Minas Gerais. As operações serão realizadas por meio do Sistema Eletrônico de Comercialização (SEC) da Conab. "O premio varia de R$ 2,52 a R$ 6,84 por quilo de produto, dependendo do estado. Mas Nada é rígido, o que significa que dependendo do resultado das primeiras operações poderão ser feitas alterações nas semanas seguintes, em relação ao volume e pagamento de prêmios. Tudo depende da resposta do mercado", afirmou Farnese.

Diretrizes - As regras para participar do leilão, estabelecidas no Aviso 105/10, também incluem: compra limitada a 1.000 t por produtor/CPF, decisão que visa dar mais oportunidade para pequenos e médios produtores; a data limite para o pagamento do produto é dia 28 de junho, e a data limite para comprovação é dia 29 de outubro.

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