TRIBUTOS: Brasileiro trabalha 145 dias só para alimentar o \"leão\"

  • Artigos em destaque na home: Nenhum

Na década de 70 o contribuinte brasileiro trabalhava 76 dias para pagar os diversos tributos federais, estaduais e municipais. Nos anos seguintes, essa carga foi subindo ano a ano, deu um saldo em 1990, caiu em 1991 e subiu para 145 dias no ano passado. Esses números foram mostrados pelo estudo conduzido pelo Instituto Brasileiro de Planejamento Tributário, com sede em Curitiba, e pela Associação Brasileira de Defesa do Consumidor. “O contribuinte brasileiro trabalha até o dia 25 de maio somente para pagar os tributos exigidos pelos governos federal, estadual e municipal”, afirma o estudo. Em 2003 o contribuinte destinou, em média, 36,98% do seu rendimento para o pagamento  de tributos, percentual que subiu para 39,72% em 2006.

Os tributos - A tributação incidente sobre os rendimentos (salários, honorários etc.) é formada principalmente pelo Imposto de Renda Pessoa Física, pela contribuição previdenciária (INSS, previdências oficiais) e pelas contribuições sindicais. Estão incluídos no estudo os impostos embutidos nos produtos e serviços (PIS, Cofins, ICMS, IPI, ISS) e sobre o patrimônio (IPTU, IPVA, ITMCD, ITBI, ITR), além de tributações e taxas de limpeza pública, coleta de lixo, emissão de documentos e outros tributos.

Outros países – No mundo desenvolvido, apenas dois países são apontados pelo estudo com uma carga tributária maior que a paga pelo contribuinte brasileiro. Suécia e França, cujos cidadãos trabalham respectivamente 185 e 149 dias para pagar seus tributos. No entanto, não há comparação entre os benefícios propiciados por esses países aos seus cidadãos com os do Brasil.

Gastos em substituição ao governo – Como o governo não oferece serviços públicos suficientes ou de qualidade nas áreas de saúde, educação, previdência privada, educação e pedágio, o contribuinte que aplica recursos próprios nesses serviços trabalha, em média, mais 113 dias isso. “Com a elevação dos gastos para os serviços privados em substituição aos serviços públicos, o cidadão de classe média, neste ano, só começará a trabalhar para comer, se vestir, morar e adquirir bens, gozar férias e fazer alguma poupança, no dia 26 de setembro”, conclui o estudo.

Conteúdos Relacionados