TRIGO II: Governo federal anuncia medidas de apoio à comercialização

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Com o objetivo de contribuir para a comercialização da safra 2010/2011 de trigo e garantir o preço mínimo de R$ 477/tonelada, o governo federal realizará leilões de PEP, nos quais serão negociadas 1,6 milhão de toneladas. O primeiro deles deve acontecer no dia 25 de novembro. O anúncio foi feito nesta quarta-feira (10/11) pelo ministro da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Wagner Rossi, em reunião com o setor produtivo, entre estes representantes do Sistema Cooperativista Brasileiro, na sede do ministério, em Brasília (DF). 

Presenças - Estavam presentes integrantes da OCB, Ocepar, Ocesc, Federação das Cooperativas Agropecuárias do Estado do Rio Grande do Sul (Fecoagro/RS) e cooperados. O encontro também contou com a participação de parlamentares da Frente Parlamentar do Cooperativismo (Frencoop), e de representantes da indústria.

Distribuição - Na oportunidade, Rossi disse que do total de 1,6 milhão de toneladas ofertadas, serão 800 mil para o Rio Grande do Sul (RS), 600 mil para o Paraná (PR), 100 mil para Santa Catarina (SC) e 100 mil para outras pequenas operações realizadas por outros estados. No primeiro leilão, especificamente, serão negociadas 300 mil toneladas, sendo 150 mil para o RS, 100 mil para o PR, 30 mil para SC e 20 mil para outros estados. "A intenção do governo é acompanhar o resultado deste primeiro leilão para induzir o ritmo dos próximos, caso se façam necessários", comentou o ministro. Ele informou ainda que o prêmio foi estipulado em R$ 98/ tonelada, o que gera um recurso de R$ 156,9 milhões.

Preocupação  - Em sua fala, o secretário executivo da OCB, Renato Nobile, ressaltou a preocupação da entidade. "Estamos aqui para debater a conjuntura do mercado de trigo e buscar soluções para os produtores e suas cooperativas. Nosso compromisso vai continuar com um grupo permanente de discussão do setor, coordenado pela organização", disse.

Urgência - Rui Polidoro, presidente da Fecoagro, falou sobre a qualidade da safra brasileira, ressaltando, ainda, a urgência em agilizar o processo de comercialização em função do tempo. Nelson Costa, superintendente adjunto da Ocepar, frisou a necessidade de se estabelecer uma política de produção conectada à comercialização. "Os custeios estão vencendo, os agentes financeiros não estão facilitando as negociações, a indústria está optando pelo trigo importado, e, com  isso, os produtores têm de arcar com a estocagem. Precisamos, realmente, encontrar uma saída para escoar essa produção", disse, ao destacar a importância da realização dos leilões anunciados e de políticas de médio e longo prazo. (Informe OCB)

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