TRIGO II: Polêmica do preço mínimo pode ser levada à Justiça

  • Artigos em destaque na home: Nenhum

Entidades de representação dos produtores de trigo estão mobilizando deputados da bancada ruralista do estado para reivindicar ao governo federal a revogação da medida que reduz em 10% o preço mínimo do produto. O setor produtivo quer que o assunto seja submetido a um novo voto no Conselho Monetário Nacional (CMN) e que os índices fixados para a safra 2009/10 sejam mantidos para o ciclo 2010/11.

Pedido conjunto - Segundo o presidente da Ocepar, João Paulo Koslovski, a ideia é organizar um pedido conjunto solicitando uma audiência com o ministro da Fazenda, Guido Mantega, ainda esta semana. A Federação da Agricultura do Paraná (Faep) informou que levará a questão à Justiça se o impasse não for resolvido de forma amigável. A Faep argumenta que a revisão ocorree fora do prazo estipulado pela legislação que instituiu as normas para a Política de Garantia de Preços Mínimos (PGPM). A redução dos preços acontece em um momento em que mais de 90% do trigo do Paraná já estão no campo. Para o deputado federal e ex-ministro da Agricultura Reinhold Stephanes, a revisão do preço mínimo do trigo é duplamente inédita, pela redução dos valores e por ter sido feita durante a safra. "Temos que agir para evitar que se abra esse precedente." Stephanes antecedeu o atual ministro Wagner Rossi e comandou a pasta por três anos.

Preços - A Portaria 478 do Ministério da Agricultura (Mapa), publicada no Diário Oficial na última quarta-feira, estabelece valores de garantia que variam de R$ 19,20 (trigo brando tipo 3) a R$ 29,97 (trigo melhorador tipo 1) para o Sul do país. Nas últimas duas safras o preço mínimo do trigo foi reajustado em 20% e depois de 5% a 15%, respectivamente. (Caminhos do Campo / Gazeta do Povo)

Conteúdos Relacionados