TRIGO: Reunião na Ocepar discute seguro rural
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Técnicos do Sistema Ocepar, da Federação da Agricultura do Paraná (Faep), da Secretaria da Agricultura, Banco do Brasil e representantes de seguradoras e resseguradoras nacionais e internacionais (Converium, Agrofirst, Aliança do Brasil e IRB) se reuniram na manhã desta segunda-feira (15/01) na sede da Ocepar, em Curitiba, para discutir a formatação de um seguro rural para a cultura do trigo, cujo plantio começa em março. Atualmente, as cooperativas paranaenses respondem por 65% do trigo produzido no Paraná, e apenas o Proagro tem garantido a segurança dos produtores. Daí a necessidade de se ampliar a oferta existente de seguros, criando um produto com as características específicas para o trigo, como ocorre com outras culturas (soja e milho), conforme destacou Robson Mafioletti, analista técnico e econômico da Ocepar. Isso possibilitaria ainda a redução dos custos de seguros, observou Mafioletti. A questão do zoneamento foi debatida logo no início da reunião. Na avaliação dos técnicos, ele está adequado, necessitando somente fazer os ajustes discutidos com o setor produtivo e Agroconsult no dia 21/12, em Cascavel. Também foi abordada a questão climática, quando os participantes da reunião discutiram os riscos da cultura por regiões: chuvas na colheita, geadas, estiagem e eventualmente granizo.
Ponto de equilíbrio – Conforme explicou Marcelo G. Monteiro, assessor da Aliança do Brasil, o objetivo do encontro foi fazer um levantamento dos riscos da cultura do trigo para que se possa elaborar um produto adequado para as seguradoras e produtores. “Estamos na fase final de levantamento”, disse, explicando que será feito um relatório da reunião para a diretoria. Segundo ele, os estudos estão sendo feitos rapidamente, pois o produtor necessitará de seguro já no início deste ano. Segundo ele, a reunião foi bastante produtiva. Os participantes buscam um ponto de equilíbrio na formatação do produto, que seja vantajoso para todos.
Ferramenta para o agricultor – “Estamos dentro da filosofia de trabalho de oferecer uma ferramenta a mais aos agricultores”, resumiu Wilson Luís Sartori, analista da Coordenação de Riscos Rurais do IRB – Brasil Resseguros. “A Ocepar está nos passando uma radiografia do setor para que possamos formatar um produto adequado”, afirmou. Daniel Melnik, da Converium (resseguradora independente internacional), também participou da reunião. Para ele, a reunião foi proveitosa para conhecer em maior profundidade a cultura do trigo, necessário para o desenvolvimento de um produto ideal.