Unimed Curitiba automatiza e reduz custos
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A empresa pretende ampliar a base de clientes para 385 mil até o fim do ano e prevê crescimento de 10% na receita. A Unimed Curitiba, quinta maior cooperativa do sistema Unimed no País, prevê para 2004 um crescimento de 10% de receita, que encerrou 2003 em R$ 488 milhões. Segundo Hudson José, diretor de marketing e comunicação, a expectativa é que a base de clientes passe de 370 mil para 385 mil até o final do ano. "Apesar das novas normas das ANS (Agência Nacional de Saúde) terem provocado retração do mercado nos primeiros meses do ano, será possível incrementar nossa base em cerca de 5,5% em 2004", afirma.
Reestruturação - Desde o final de 2001, a empresa, que lidera o mercado de saúde em Curitiba e região metropolitana com 60% de participação, vem colocando em prática um profundo processo de reestruturação. As mudanças incluem desde a introdução de medidas de redução de custos e de novos produtos até a automação do sistema de atendimento e a ampliação das suas sedes administrativas. "Com isso substituímos um crescimento vegetativo dos últimos anos por uma evolução da nossa operação". No período a base de clientes evoluiu 16,35% - de 318 mil, em 2001, para 370 mil, em 2003. O faturamento aumentou 26% na mesma base de comparação, e cresceu de R$ 388 milhões para R$ 488 milhões no ano passado.
Redução de custos - Para esse ano, a meta é de uma redução de 10% nos custos de administração da empresa. Entre as medidas para alcançar esse índice estão a renegociação e parcerias com fornecedores, a diminuição do desperdício e a otimização das operações. Hudson José conta que a Unimed trabalha, por exemplo, para reduzir o volume de exames laboratoriais cujos resultados não são buscados pelos clientes. "Esse índice está em 30%", afirma. Para zerar esse volume, a empresa adotou um sistema de remuneração adicional para os médicos que evitam a duplicidade de exames.
Automação - A Unimed está finalizando a automação do sistema de atendimento na sua rede, que conta hoje com 70 laboratórios, 60 hospitais, 324 clínicas e 3,75 mil consultórios. "Percebemos que 80% das consultas eram liberadas pela central de atendimento. Substituímos esse serviço pelo cartão magnético, que permite a liberação no local da consulta". A mudança reduziu em 30% o fluxo de ligações e em mais de 50% a espera de atendimento.
Marketing
- Outra mudança foi planejamento na área de marketing
e publicidade, que consome 1% da receita da empresa. Pela primeira vez, investiu-se
na produção de campanha - a cargo da agência Lowe - de longo
prazo, que se estenderá até março do próximo ano.
Segundo Hudson José, fato de concentrar de uma só vez o desenvolvimento
de peças que serão veiculadas nos próximos meses reduziu
em até 40% os custos de produção. Reduzir custos é
hoje um dos desafios do setor, pressionado pelo crescimento dos custos médicos
e pela demanda reprimida. Ele afirma que "o setor precisa equacionar o
aumento dos custos de atendimentos, que acompanham os avanços tecnológicos
da área médica, com o que os reajustes de preço permitidos
pela ANS". (Fonte: Gazeta Mercantil)