WITMARSUM: Queijos especiais ampliam faturamento

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O segmento de queijos da Colônia Witmarsum, em Palmeira (Campos Gerais), ganha importância no faturamento da cooperativa, que foi de R$ 65 milhões em 2008. A previsão para este ano é de que a produção de queijos finos alcance a receita de R$ 3 milhões - crescimento de quase 40% em relação aos R$ 2,2 milhões registrados no ano passado.

Limite - No sétimo ano de operação, a queijaria já está com a área de produção chegando ao limite - para 2010 está prevista uma ampliação. O crescimento se mantém entre 40% e 60% ao ano - no ano passado ficou em 42% em relação a 2007. Depois de um salto de crescimento nos primeiros anos, a meta inicial para 2009 era de 20%. Mas apenas no primeiro semestre já apresenta aumento de quase 40%. Em todo o ano passado, a produção atingiu 128 toneladas de queijo e, para este, a previsão é de 180 toneladas (44% de aumento). "Estamos focando nas mesmas regiões, mas com aumento no número de clientes", diz o gerente Comercial Ferdinando Schmeider.

Concorrência - Além das regiões de Ponta Grossa, Curitiba e Norte do Paraná, os produtos chegam a São Paulo, Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul, Santa Catarina e Brasília, principalmente através de padarias, confeitarias e restaurantes. A Witmarsum concorre com cerca de dez marcas vendidas no Brasil, mas para alguns tipos de queijo só tem similares importados.

Produção - Os 98 cooperados que produzem leite, a matéria-prima, somam 70 mil litros diários. Para a fabricação dos queijos especiais são utilizados 6 mil litros/dia, em média (exclusivamente de vacas da raça pardo-suíça). O especialista Josef Lotscher, queijeiro suíço contratado pela cooperativa para desenvolver os processos na fábrica, comenta que a qualidade da matéria-prima é determinante para o desenvolvimento de queijos seletos. Entre todos os produtores, três ou quatro são selecionados e recebem bônus para manter características específicas do leite obtido. Segundo Lotscher, o queijo é um bom negócio, mas exige dedicação e uma cultura própria - o que ele chama de "filosofia queijeira". "Essa mentalidade deve estar presente em todos os segmentos da cadeia produtiva, até nos pontos de venda", diz.

Marca reconhecida - A marca Witmarsum, segundo o gerente Schmeider, já é reconhecida pelo consumidor. Em Curitiba, considerado um mercado de referência, o produto está presente em casas especializadas e no varejo. No Mercado Municipal, o produto é vendido em todas as lojas que oferecem queijos especiais, com exceção de uma de marca própria. Josef Lotscher lembra que no início da produção a cooperativa não tinha uma estratégia de crescimento. "Foi uma aventura", diz. Lotscher aprendeu os segredos da fabricação de queijos especiais com sua família, na Suíça. Depois de trabalhar algum tempo no Paraguai, foi convidado a montar a fábrica de queijos nas instalações de lácteos da Witmarsum, onde ficava a produção da extinta marca Cancela. (Caminhos do Campo / Gazeta do Povo)

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