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Custos menores - Segundo o presidente da Coamo, José Aroldo Gallassini, "nas últimas safras, a média do custo de produção da soja tem ficado em torno das 40 a 45 sacas por alqueire. Neste ano, com a realização do Plano Safra, os cálculos indicam custos entre 23 e 35 sacas por alqueire, em face dos bons preços nos insumos, da tecnologia utilizada e da boa comercialização efetuada pelos cooperados. Um custo muito barato se comparado com os níveis das safras anteriores", afirma
Oportunidade - Para Gallassini, o Plano Safra é uma excelente oportunidade para que os cooperados possam reduzir seus custos de produção, além da garantia antecipada dos insumos. "O cooperado da Coamo sabe qual é o caminho certo, ele é participativo e consciente de que precisamos ter uma agricultura com menores custos de produção, uso de modernas tecnologias visando a obtenção de altas produtividades, para torná-la cada vez mais competitiva num mercado globalizado e exigente", afirma. No Plano Safra deste ano, os cooperados da Coamo adquiriram insumos com antecedência, fixaram a soja em dólar, já conhecendo antecipadamente os preços fixos em reais. "Foi uma modalidade que reuniu fatores favoráveis a operação, possibilitando a redução significativa nos custos de produção das nossas lavouras. A Coamo comprou os insumos antecipadamente antes da oscilação e ascensão do dólar, proporcionando uma economia muito grande, resultando em benefício direto e vantagem especial para os nossos cooperados", explica o presidente da Coamo.
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Difusão de tecnologias - A empresa pretende fazer a implantação de pomares próprios, o que servirá também para difusão de tecnologia. Os produtores contarão com experimentos como cultivo intercalar de laranja com mandioca, soja, milho e aveia; plantio direto e também toda a tecnologia de ponta no segmento da citricultura. Tanto para os iniciantes quanto os citricultores que já estão na atividade, o Banco do Brasil conta com linha de crédito completa, desde o preparo do solo, plantio e custeio - com 8 anos de prazo para pagamento, sendo 3 de carência - a juros de 8,75% ao ano. Para quem não tiver acesso à linha de crédito oficial, a própria Paraná Citrus oferecerá um mecanismo próprio de financiamento de mudas, à base de troca por laranja. Neste caso, o prazo de pagamento será de 6 anos, com 3 de carência. Os produtores interessados devem manter contato com qualquer um dos entrepostos da Cocamar ou a Paraná Citrus (fone 44-424-2626), para a reserva de mudas, pois o volume é limitado.
(Tabela)
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* Grupo A - beneficiários: (projetos de assentamentos do Incra, projetos estaduais de assentamentos reconhecidos pelo Incra e Banco da Terra e combate à pobreza rural), com um total de R$ 616 milhões, para estruturação inicial da unidade produtiva ;
* Grupo A/C - beneficiários: (agricultores familiares que já se beneficiaram do crédito de estruturação inicial no Grupo A), com R$ 100 milhões para custeio;
* Grupo B - beneficiários: (agricultores familiares com renda bruta familiar anual de até R$ 1.500,00, remanescentes de quilombos, trabalhadores rurais e indígenas), com R$ 100 milhões para investimento;
* Grupo C - beneficiários: (agricultores familiares com renda bruta familiar anual entre R$ 1.500,00 e R$ 10.000,00), disponibilizados R$ 630 milhões para custeio e R$ 780 milhões para investimento;
* Grupo D - beneficiários (agricultores familiares com renda bruta anual familiar entre R$ 10.000,00 e R$ 30.000,00), disponibilizados R$1,14 bilhão para custeio e R$ 830 milhões para investimento.
(Tabelas)
Nota : para os grupos A/C ; C e D há um bônus para pagamento até o vencimento de 25% sobe a taxa de juros, ficando, portanto, em 3% ao ano. Para os grupos A/C e C, também é dado um rebate sobre o principal de R$ 200,00/beneficiário. As contratações são Grupais com no mínimo 03 (três) mutuários.
Notas : Grupos A e B: direito a rebate de 40% sobre o capital principal. Grupo A/C e C: as contratações poderão ser individuais, grupais e coletivas sendo que os créditos grupais terão direito a um rebate de R$ 700,00 p/beneficiário para pagamento até o vencimento e bônus de 25% sobre a taxa de juros. Grupo D: bônus de 25% sobre a taxa de juros p/pagamento até o vencimento.
Alguns destaques do plano:
* Estímulo à educação profissionalizante de jovens agricultores através da educação em regime de alternância ou de escolas técnicas agrícolas. Serácriado um sobreteto nos financiamentos para os Grupos "C" e "D" para as famílias que tenham jovens cursando ou que são egressos destas escolas;
* Estimula a concessão de crédito para as mulheres agricultoras;
* Manutenção das taxas de juros em 1,15% ao ano para os agricultores do Grupo "A", 1% ao ano para os do Grupo "B" e de 4% para custeio e investimento dos agricultores dos Grupos "C" e "D";
* Manutenção do bônus de adimplência de 25% na taxa de juros de investimentos dos Grupos "C" e "D", para cada parcela paga até a data do respectivo vencimento;
* Permanência dos rebates de 40% sobre o principal dos financiamentos concedidos para os agricultores dos Grupos "A" e "B", e os rebates de R$ 200,00 para custeio e R$ 700,00 para investimento do Grupo "C";
* Criação de um sobreteto de até 50% nos valores dos financiamentos de custeio e investimento para os agricultores familiares do Grupo "C" destinados à produção orgânica, olericultura, bovinocultura de leite e fruticultura;
* Estimula a reestruturação produtiva dos agricultores familiares do Grupo "C" com a permissão da obtenção de um segundo crédito de investimento com direito ao rebate de R$ 700,00 por beneficiário;
* Também estimula a reestruturação produtiva dos agricultores familiares do Grupo "C" com a redução do número de 5 (cinco) para 3 (três) agricultores nos grupos que são formados para obtenção do crédito de investimento do Grupo "C" com direito ao rebate de R$ 700,00 por beneficiário.
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(Tabela)
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A atual carestia do dólar não é motivo para comemorações, por causa dos efeitos colaterais negativos: inferniza a vida de quem deve em dólar, inflaciona tudo que depende de importações e sinaliza desequilíbrio no conjunto da atividade econômica. Embora seja positivo para quem exporta, mesmo assim não é motivo para festejar, porque é uma situação instável, portanto, insustentável no tempo.
Por tudo isto, temos que considerar que estamos diante de uma circunstância imposta por um conjunto de fatores internos (crise energética, por exemplo) e externos (crise da Argentina e baixo crescimento mundial).
A pergunta que não quer calar é: por que não conseguimos um expressivo e vital superávit comercial, com o dólar nas alturas?
O quadro atual demonstra que a oportunidade está nas exportações, a riqueza mais saudável que qualquer economia pode desejar. É na competência para exportar que vamos dar suporte à atividade interna, inclusive para os segmentos restritos ao mercado interno. A desejada exuberância nas exportações é que pode aumentar nossa capacidade de investimento, nossa geração de empregos e a melhoria da economia dentro das nossas fronteiras, até para a lanchonete da esquina.
O diagnóstico geral é muito complexo, mas a precariedade do nosso aparato estrutural é evidente. Dos diversos componentes desse aparato alguns estão se esforçando com garra, como é o caso da APEX- Agência de Promoção das Exportações, que se move à obsessão de Dorothéa Werneck. Quando nos voltamos para o setor privado, o que vemos são apenas lamentações sobre a queda do poder de compra do mercado interno e o encarecimento da produção com o aumento dos juros.
O que está nos faltando é mesmo cultura exportadora. O Brasil internacionalizado é formado por um clube restrito de empresas, as mesmas de sempre. Todas as medidas de apoio às exportações, mais as circunstâncias não administradas, beneficiam sempre os mesmos, os poucos que fazem parte desse clube de grandes empresas que têm tradição no mercado internacional. Não conseguimos ampliar a base exportadora, porque a maioria das empresas tem dificuldades para garantir a qualidade sob parâmetros internacionais, regularidade no fornecimento, escala, preparação e competência para negociar com agressividade e inteligência.
Se precisamos ampliar a base exportadora, o momento é das cooperativas. Grande parte do sucesso das exportações agrícolas brasileiras - uma retumbante exceção no desempenho geral - se deve à tradição de reunir produtores em cooperativas. A produção de café, por exemplo, destaque da agricultura mineira e das exportações nacionais, vem de propriedades com a área média de apenas 10,9 hectares, quase todas integradas a cooperativas, porque a metade dessas propriedades não produz mais que 100 sacas por ano.
A exportações de produtos agrícolas gerou, no ano passado, um superávit de 13 bilhões de dólares e, com a atual situação do câmbio, deve chegar a 16 bilhões de dólares este ano. Embora dependente de insumos importados, é o setor mais nacionalizado, desde a propriedade do capital-terra à colheita. Ou seja, para ficar de pé, o barraco brasileiro deve muito à agropecuária, que enfrenta o protecionismo dos países importadores, mas não perde as oportunidades que a conjuntura proporciona.
Essa história precisa ser contada para os demais segmentos da economia, onde muitas empresas ficam de fora ou até desconhecem seu potencial exportador. As empresas enormes não precisam disso, mas a entrada dos médios e pequenos no clube depende do associativismo, que viabiliza custos, escala de produção e regularidade, mas que exige padronização de procedimentos, desde a produção até o embarque, tendo como referência inegociável as expectativas dos consumidores.
Em nosso estado temos registradas na OCEMG-Organização das Cooperativas do Estado de Minas Gerais, mais de 900 cooperativas. Embora o segmento agrícola seja bastante expressivo a diversidade é enorme: de salgadeiras a exportadores. O grande desafio que se coloca a quem oferece produtos e serviços com potencial externo é se preparar para a internacionalização e, junto com a estrutura da SESCOOP- Serviço Nacional de Aprendizagem do Cooperativismo, temos que acolher e apoiar a viabilização de tais iniciativas.
Se o cooperativismo pode ser o caminho para a diversificação da base exportadora, cabe-nos abrir esse ramal de trabalho, visando a formação dos nossos empresários e a articulação de parcerias que incluam organismos de promoção comercial, formação de operadores especializados, financiadores e traders.
No segmento do agribusiness, é pedagógico prestarmos atenção ao empenho inteligente dos produtores de cachaça de qualidade. A Coocachaça, por exemplo, está formulando seu blend, protegendo-o como seu principal patrimônio e viabilizando escala e qualidade para exportação. A estratégia para a diversificação dos exportadores, de produtos primários ou processados pode se orientar a partir desse tipo de experiência, mas não dispensa a criatividade de cada grupo.
O Brasil não escapa da globalização e, por isto mesmo, não pode desprezar o potencial da solução cooperativista. Este momento está prenhe de lições e uma das principais é que o improviso não funciona. Se quisermos aproveitar cada cenário, temos que preparar nossos alicerces culturais e técnicos com antecedência porque oportunidades sempre existem. A atual tensão cambial tem que ser aproveitada para batizar novos exportadores e, quando o quadro se estabilizar, precisamos ter consistência para permanecer no mercado internacional. O cooperativismo pode assumir este desafio.
(*)Presidente da Ocemg - Organização das Cooperativas do Estado de Minas Gerais e Sescoop MG.
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