AGO mostrou representatividade do Sistema Ocepar

  • Artigos em destaque na home: Nenhum

A presença de um grande número de autoridades na Assembléia Geral da Ocepar realizada ontem (4) mostrou a importância do cooperativismo na economia paranaense, bem como a representatividade da organização no contexto da sociedade, além da presença do vice-governador, Orlando Pessuti, compareceram ao evento, seis deputados estaduais, cinco deputados federais, além de presidentes de diversas entidades do setor agropecuário, comércio e indústria. Essa responsabilidade que o sistema tem hoje, ficou muito bem evidenciado no relatório do trabalho dos consultores da Ocepar, Guntolf van Kaick e Wilson Thiesen, dois ex-presidentes que continuam prestando serviços ao cooperativismo. O presidente da Ocepar, João Paulo Koslovski, frisou que os dois realizam um trabalho de suma importância de representação e defesa dos interesses das cooperativas paranaenses junto às instituições públicas e organizações de classe. E a Ocepar precisa contar, afirmou Koslovski, com profissionais experientes que possam representar adequadamente o sistema.

Defesa dos interesses – A Ocepar, assim como outras instituições de representação de classe, conquistou assento em inúmeros conselhos, programas, comitês e comissões de instituições públicas e privadas, onde seus representantes têm a missão de defender os legítimos direitos e interesses do sistema cooperativista. A presença dos consultores da Ocepar nesses órgãos contribui para ampliar o conhecimento dos demais integrantes sobre o funcionamento do sistema cooperativista. Assim, o julgamento de assuntos de interesse das cooperativas não fica prejudicado por falta de conhecimento. Guntolf van Kaick afirma que a convivência e relacionamento entre os profissionais representantes das instituições propiciam o esclarecimento de todas as questões relevantes que suscitem dúvidas, garantindo tomadas de decisão mais justas e adequadas aos interesses das cooperativas. Assim, as soluções são mais facilmente obtidas quando há o seu entendimento pelos interlocutores dos órgãos aos quais o Sistema Ocepar encaminha seus questionamentos e pedidos de atendimento.

Representação institucional – A representação exercida pelo ex-presidente Guntolf van Kaick ocorre “em quatro grandes vertentes”: representação institucional direta em diferentes conselhos como, por exemplo, nos conselhos de administração do Sescoop nacional e Sescoop Paraná; representação por delegação da presidência e superintendência do Sistema Ocepar: apoio ao núcleo responsável pela difusão histórica e de desenvolvimento da inteligência corporativa do sistema: apoio à estrutura interna na formulação de suas políticas e propostas de desenvolvimento, fomento e defesa dos interesses cooperativistas. As representações se fazem necessário diante da impossibilidade do presidente, superintendente ou superintendente adjunto participarem de todos os compromissos da Ocepar dentro do sistema cooperativo estadual e nacional, nas relações com órgãos públicos, instituições da iniciativa privada e políticas. Em função das demandas das cooperativas dos diferentes ramos do cooperativismo dependerem do apoio das áreas técnica e política da Ocepar precisa contar com a experiência dos ex-dirigentes no acompanhamento das soluções preconizadas.

Centenas de participações – Guntolf van Kaik, que foi o primeiro presidente da Ocepar, sendo eleito para mais três gestões, representa a organização e vários conselhos, programas e comitês, tendo função de grande responsabilidade na Junta Comercial do Paraná - Jucepar, como vogal titular.Na Jucepar é responsável pelo julgamento do registro público de empresas mercantis e atividades afins e cooperativas, assunto de grande interesse do sistema cooperativo. Em 2004 participou, na Jucepar, de 172 reuniões em sessões ordinárias de vogais e 12 reuniões plenárias de vogais. Mas Guntolf van Kaick representa a Ocepar, ainda, em vários programas e conselhos, entre os quais no Conselho Paranaense de Ciência e Tecnologia; no Programa Paranaense de Cooperação em Ciência, Tecnologia e Inovação e seus sub-programas; no Conselho Estadual de Recursos Hídricos; no Conselho de Consumidores da Copel; no programa Pró-Paraná; na Comissão Técnica Estadual de Política Fundiária da Faep; na Comissão de Agroindústria Orgânica da Fiep. Durante o ano, participou de 356 eventos representando a Ocepar.

Do sonho ao reconhecimento – O ex-presidente Guntolf van Kaick, que acompanhou todos os passos da organização que ajudou a constituir em 1971, afirma que, “quando começamos a construir o atual modelo cooperativista do Paraná, ele representava um sonho de algumas lideranças mais expressivas que viam no cooperativismo um movimento capaz de ajudar a sociedade a crescer social e economicamente frente aos demais modelos praticados, como o modelo centralizador do Estado ou do capitalismo liberal. Isso mudou! Se analisarmos a nossa assembléia realizada ontem, vemos que o cooperativismo alcançou hoje uma posição importante na escala de valores econômico e sociais, medido em termos de PIB estadual , de participação das lideranças estaduais e políticas representativas e das sociedade civil organizada e do executivo e legislativo estadual”.

Visibilidade – “Percebe-se – continua van Kaick - que o cooperativismo alcançou uma grande visibilidade social principalmente em função do problema crônico do desemprego - que não está sendo resolvido através dos mecanismos tradicionais do Estado e dos sindicatos - o que sinaliza a necessidade do desenvolvimento de outras forças sociais que possam contribuir para a harmoniosa acomodação desse desafio que assola toda a sociedade globalizada. Sentimos que a sociedade paranaense e brasileira está consciente da necessidade de compartilhar outras formas de soluções a este problema, sendo que o cooperativismo esta se mostrando pelos seus antecedentes históricos como uma força viva capaz de ajudar a amenizar essas pressões sociais de uma forma mais auto-sustentada e compartilhada pela sociedade, como demonstram as iniciativas do fortalecimento das cooperativas de crédito, trabalho, de serviços que atuam no setor urbano e também no meio rural”.

A vez dos ramos crédito e trabalho – Guntolf van Kaick considera o cooperativismo agropecuário do Paraná um modelo de sucesso inclusive, em nível de Brasil e que “os ramos do crédito, trabalho e serviços no setor urbano e rural serão, num futuro próximo, os grandes destaques da evolução cooperativista no país”. Reconhece que a crescente visibilidade junto à sociedade compromete o sistema “num crescente esforço de envolvimento com os demais setores da sociedade, difundindo os princípios e valores da economia cooperativista para o seu pleno conhecimento junto aos setores que pretendam adotá-lo como a solução aos seus problemas, permitindo que seja desenvolvido sem desvirtuamentos, que possam descaracterizá-lo como instrumento eficaz de transformações econômicas e sociais”.

Conteúdos Relacionados