AGRICULTURA FAMILIAR: Câmara Setorial de Ovinos e Caprinos vai beneficiar produtores no Paraná
- Artigos em destaque na home: Nenhum
O Conselho Estadual de Desenvolvimento Rural e Agricultura Familiar (Cedraf) aprovou por unanimidade nesta quarta-feira (05/12) a criação da Câmara Setorial de Caprinos e Ovinos. A decisão vai facilitar a organização de carnes de ovinos e caprinos no Paraná devendo beneficiar a formalização de mais uma atividade econômica geradora de renda para a pequena propriedade da Agricultura Familiar no Estado. O pedido dos produtores para a estruturação da cadeia produtiva de carnes de ovinos e caprinos foi apresentado durante reunião realizada nesta quarta-feira (05/12) na Emater em Curitiba. Eles solicitaram o aval do governo do Estado, cujo apoio institucional é fundamental para estimular os produtores a investirem na atividade.
Referência - Os representantes dos produtores vêem na organização da cadeia produtiva de caprinos e ovinos a possibilidade do Paraná se tornar referência na produção de carnes. Para isso é necessário ter escala de produção para atender a demanda do mercado e isso só se consegue com o apoio do Estado na organização e estímulo aos produtores, disse o presidente da Associação dos Caprinocultores do Paraná (Capripar), Aryzone Mendes de Araújo. Para Araújo, os produtores conseguem abastecer cerca de 30% do mercado de carne de ovinos e caprinos no País, sendo que o restante é abastecido com importação de animais do Uruguai, Argentina e Nova Zelândia.
Formalização do mercado - Para o presidente da Cooperativa Agroindustrial dos Ovinocultores (Coopercapanna) de Londrina, Ricardo Luca, a criação da Câmara Setorial representa a possibilidade de formalização do mercado para evitar a comercialização clandestina. Ele estima que na região de Londrina pelo menos 80% da carne vendida e consumida é clandestina. "Os produtores legalizados perdem competitividade em relação àqueles que não estão formalizados", protestou.
Desafio - O desafio para a Câmara Setorial é organizar também o mercado para a lã de carneiro, disse a criadora Edla Woelfer Lustosa. Ela disse que a criação da câmara resgata um programa que havia na primeira gestão do governador Roberto Requião, onde a Emater arrecadava a lã entre os criadores e encaminhava para a Ovinopar - entidade que representa os criadores de ovinos - que se encarregava de vender a produção. "Hoje esse mercado foi totalmente desestruturado", lamenta. Woelfer Lustosa esteve recentemente na China e voltou entusiasmada com a possibilidade de exportar a lã para aquele País. "Mas para isso, precisamos organizar os produtores e de produção em escala", afirmou. (Agência Estadual de Notícias)