Agricultura terá R$ 3,2 bilhões para safra de verão
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O vice-governador e secretário da Agricultura, Orlando Pessuti, participou na quinta-feira (7), da assinatura do convênio entre governo do Estado e o Banco do Brasil, que destina R$ 3,2 bilhões para o custeio, investimento e comercialização da safra 2003/2004. No ano passado os recursos somaram apenas R$ 2,3 bi. Também participaram da solenidade, realizada na Sociedade Rural de Maringá, o vice-presidente de Agronegócios e Governo do BB, Ricardo Conceição, os presidentes da Ocepar, João Paulo Koslovski e da Faep, Ágide Meneguette, o diretor do Denacoop, José Roberto Ricken e que na ocasião representou o Ministro da Agricultura, Roberto Rodrigues, o superintendente estadual do Banco do Brasil, Edemar Bombach, deputados estaduais, federais e lideranças do agronegócio de toda a região. Após a assinatura do convênio, o presidente da Federação da Agricultura do Paraná, Ágide Meneguette, ofereceu um jantar que contou com a presença do governador Roberto Requião e do vice-governador, Orlando Pessuti. O governador destacou o interesse do governo em ter Meneguette e Koslovski como interlocutores na discussão da reforma agrária no Paraná.
Recursos - Os recursos disponibilizados pelo Banco do Brasil, são 75% superiores aos que foram investidos na safra 2002/2003, em que o crédito rural oferecido foi de R$ 2,4 bilhões. A safra de verão teve início no dia 1º de julho deste ano e termina no dia 30 de junho de 2004. Segundo o secretário Orlando Pessuti, é muito importante para o Estado receber o anúncio da liberação de recursos por parte do Banco do Brasil, principalmente quando o plantio da safra de verão está para começar. "É um alento para os agricultores, que sempre trabalham com insegurança, temendo não ter crédito junto às instituições bancárias, e ainda com a preocupação de perderem suas safras devido às condições climáticas, que nem sempre contribuem para uma boa colheita", destacou.
Pronaf - As linhas de crédito para o custeio, através do Pronaf e Proger Rural Familiar, passaram de R$ 189 milhões para R$ 312,5 milhões na nova safra, representando um aumento de 65% nos financiamentos. Já a linha de crédito para investimentos aumentou 114% em relação à safra 2002/2003, quando foram investidos R$110 milhões. Na safra 2003/2004, serão investidos R$ 237 milhões. As demais linhas de crédito como Funcafé, Fundo Constitucional do Centro Oeste (FCO), comercialização, investimento e custeio deverá disponibilizar cerca de R$ 2,65 bilhões em financiamentos.
Público - Cerca de 200 mil produtores deverão ser beneficiados com o convênio, cuja intenção de financiamento pode chegar até o limite global de R$ 225 milhões de reais. O objetivo é apoiar a integração da cadeia produtiva pecuária, através de investimentos em implantação, ampliação e modernização da infra-estrutura, e de serviços agropecuários e não agropecuários. A aplicação do crédito também se destina a elevar o nível de tecnologia e de produtividade, ampliando de forma estável, sua rentabilidade. Repassar conhecimento aos produtores dos novos mecanismos de comercialização existentes no mercado, principalmente envolvendo transações financeiras e comerciais através da internet, está entre as propostas do convênio, que visa uma aproximação maior do segmento com os benefícios da informática.
Operacionalização - Também participam do convênio, além da Ocepar e Faep, Senar - Serviço de Aprendizagem Rural, Sebrae - Serviço de Apoio à Micro e Pequenas Empresas e Emater. Estas entidades deverão fazer a divulgação das linhas de crédito operacionalizadas, disponibilização das informações mercadológicas aos produtores. A utilização do site Agronegócios - nos casos de aquisição de insumos, máquinas e equipamentos e comercialização dos produtos - também deverá ser estimulada. As entidades ainda terão a responsabilidade de promover treinamentos, cursos e palestras de formação profissional rural - principalmente os ligados ao gerenciamento de agronegócios.
Integração - Já à Secretaria de Agricultura
e Abastecimento caberá conjugar os programas estaduais existentes com
as linhas de crédito a serem operacionalizadas. Tem ainda a responsabilidade
de desenvolver, junto com o Banco do Brasil, ações que visem a
parceria de outros agentes do agronegócio ao Programa. O objetivo é
garantir a comercialização dos produtos, principalmente em regime
de integração, nos moldes do Banco. Também cabe à
Secretaria auxiliar a Emater e Sindicatos Rurais do Estado na seleção
e estruturação de grupos de produtores para a concessão
de financiamento.