AGRONEGÓCIOS: Certificação é oportunidade para cooperativas brasileiras

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Além de ser uma exigência do mercado consumidor mundial, a certificação de produtos agropecuários é uma oportunidade para as cooperativas brasileiras. Este foi o tom da reunião realizada nesta quinta-feira (08/11), na sede do Sistema Ocesp/Sescoop-SP, na capital paulista, entre representantes do sistema cooperativista brasileiro e a Associação Espanhola de Normatização e Certificação (Aenor).

Agregar valor - O presidente da Ocesp, Edivaldo Del Grande, participou da abertura do evento, ao lado do presidente da OCB, Marcio Lopes de Freitas. Del Grande ressaltou a importância do tema para as cooperativas e agradeceu a presença das autoridades e representantes de cooperativas. Após apresentar dados das cooperativas brasileiras - responsáveis por cerca de 40% do Produto Interno Bruto (PIB) agrícola do País - o presidente da OCB disse que os empreendimentos cooperativos precisam agregar mais valor às atividades dos cooperados. "Mesmo cientes de nossa importância, precisamos melhorar processos, buscar ‘acreditação' e certificação independentes para atingir novas faixas do mercado mundial", salientou. "É preciso seguir as exigências do mercado para alavancar índices de exportações e conquistar novos espaços", complementou  Freitas.  

Subordinação aos consumidores - O diretor-geral da Aenor Internacional, Javier Toral Nistal, ressaltou que o mercado está cada vez mais subordinado aos interesses dos consumidores e ao respeito ao meio ambiente. O diretor falou sobre as áreas de atuação da Aenor, entre elas a Agroalimentar. Há 21 anos no mercado espanhol, a empresa já atua em 10 países, entre eles o Brasil.

Diretrizes - Em sua apresentação, o secretário de Desenvolvimento Agropecuário e Cooperativismo do Ministério da Agricultura, Pecuária, Pecuária e Abastecimento, Márcio Portocarrero, mostrou diretrizes do governo brasileiro para a certificação e rastreamento de produtos agropecuários. "A necessidade de ter produtos certificados também envolve o mercado nacional. Como vamos convencer o mercado europeu ou norte-americano que nossos produtos são bons se internamente temos problemas?", questionou. Como exemplos bem sucedidos no País, o secretário mencionou a produção de frutas, com o recente sistema de Produção Integrada de Frutas (PIF), certificado pelo Inmetro, que tem garantido a inserção em diversos mercados na Ásia e Europa. No período final da reunião, as formas de atuação da Aenor foram detalhadas e as unidades certificadoras da empresa espanhola apresentadas por meio de palestras proferidas por Andrés Blázquez Martin e Victor Alvarez Aparício, respectivamente diretor técnico e diretor geral da Aenor no Brasil.

Exportações - Segundo dados do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, até setembro de 2007 as cooperativas brasileiras exportaram 6,47 milhões de toneladas, o que gerou uma receita de US$ 2,4 bilhões. Deste total, 355 mil toneladas foram para a Espanha, 376 mil para a Alemanha e 128 mil para a França.

Presenças - Também marcaram presença na reunião o superintendente do Ministério da Agricultura em São Paulo, Francisco Sérgio Jardim, o vice-presidente da OCB, Luiz Roberto Baggio, o gerente de mercados da OCB, Evandro Ninaut. Os presidentes da OCB/BA, Orlando Colavolpe, OCB/TO, Ruiter de Pádua, o gerente técnico da Ocepar, Flávio Turra, e representantes das cooperativas paulistas Copercana, Camap, Coplana, Coacavo, Coopermota, Camda, Telecoop e Coota; Cooxupé (MG), Comigo (GO) e Aurora (SC), também estiveram presentes. (Ocesp)

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