Agrotóxicos: Menos burocracia no recebimento de embalagens

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A Ocepar, o Instituto Nacional de Processamento de Embalagens Vazias (inPEV) e a Federação das Associações de Revendedores Agroquímicos e Produtos Veterinários (Fepav) encaminharam ofício à Superintendência de Desenvolvimento de recursos Hídricos e Ambientais (Suderhsa) solicitando algumas mudanças no sistema de operação das Unidades de Recebimento. A intenção é eliminar alguns "gargalos" nesse processo, procurando otimizar e agilizar o fluxo de processamento das embalagens (recepção, inspeção, segregação, limpeza, compactação, armazenamento, carregamento e transporte). O problema estaria na exigência de se discriminar no cadastro de recepção (recibo), além dos dados normais como tipo e quantidade de embalagens, a marca comercial dos produtos. Ocepar, Fepav e inPEV estão solicitando à Suderhsa que considere retirar do cadastro de recepção a exigência de se colocar a marca comercial.

Razões - Entre os motivos apresentados para se acabar com a exigência, as entidades alegam demora devido à separação em uma primeira etapa por tipo de embalagem, posteriormente pela marca e somente após fazer a conferência se está lavada ou não e fazer a contagem final; funcionários que poderiam estar trabalhando na triagem e prensagem das embalagens tem de dedicar muito tempo a este processo; esta demora na recepção faz com que o agricultor que retorna a embalagem reclame muito da burocracia, por ter que fazer a relação da entrega por marca comercial e tenha que esperar muito tempo durante a entrega, havendo casos de ter que esperar por uma manhã ou tarde quando o volume retornado é elevado; em função da demorar e do tempo que leva esta operação também há um prejuízo na qualidade do controle-inspeção; dificuldade em cadastrar produtos sem rótulo; e em unidades que possuem de médios a grandes agricultores com alto volume de devolução, o cadastro por marca comercial recebe cerca de três cargas por dia, quando poderia estar recebendo 10 ou mais sem o controle por marca comercial.

Primeiro na coleta -O Paraná foi o primeiro Estado do Brasil em coleta de embalagens vazias de agrotóxicos no mês de agosto, sendo responsável por 35,4% (244 toneladas) do total retirado em todo o País. O acumulado no ano, no Estado, alcança um volume de 1.100 toneladas contra 179 toneladas retirado das propriedades rurais no mesmo período do ano passado. Este trabalho é fruto de parceria entre instituições públicas ligadas ao meio ambiente, cooperativas e associações de revendedores do estado, organizados através do Inpev - Instituto Nacional de Processamento de Embalagens Vazias. De janeiro a julho o Paraná já havia ampliado em 377% o índice de recolhimento de embalagens vazias de agrotóxicos, se comparado ao mesmo período do ano anterior. No acumulado do ano, o Paraná, com 1 milhão e 100 mil toneladas, ficou com o primeiro lugar em recolhimento, seguido do Mato Grosso e Goiás. Nas próximas semanas, o Inpev fará uma campanha institucional em todo o Estado orientando os produtores rurais sobre a importância da tríplice lavagem e do recolhimento das embalagens aos postos de coleta instalados em diversos pontos do Paraná.

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