ÁLCOOL: Consumo interno poderá triplicar em 15 anos
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A demanda por álcool combustível no Centro-Sul do Brasil, principal mercado produtor e consumidor do País, deve mais do que triplicar em 15 anos, de acordo com o relatório da trading suíça Glencore. O consumo do produto deve saltar de cerca de 13 bilhões de litros, em 2005, para mais de 40 bilhões de litros entre 2019 e 2020. O cenário apontado pela empresa no documento apresentado aos clientes aponta que o crescimento no consumo do etanol se dará graças ao aumento da demanda pelo hidratado, utilizado para abastecer os veículos movidos a álcool ou flex-fuel. O consumo do álcool hidratado, atualmente em 5 bilhões de litros por ano, será multiplicado por sete e atingirá 35 bilhões de litros em 2020. Os veículos flex-fuel, que ganham páginas de análise na avaliação da Glencore e que representam mais da metade dos zero-quilômetro vendidos atualmente, serão os responsáveis diretos pela explosão do consumo do álcool hidratado no País.
Anidro - Já o álcool anidro, que é misturado à gasolina em 25%, deve ter um consumo estável de acordo com a empresa suíça, entre 6 e 7 bilhões de litros por ano, pelo menos até 2023. Para o consumo de álcool na região Nordeste, há apenas uma previsão de uma demanda de 1,6 bilhão de litros em 2005/2006, ante 1,56 bilhão na safra passada, sem, no entanto, uma avaliação mais profunda por parte da Glencore. Já os Estados Unidos, principal adversário brasileiro na produção de álcool, a demanda e o consumo deverão ficar em 14 bilhões de litros em 2005. No entanto, a tendência naquele país é de que a produção beire os 17 bilhões de litros de etanol de milho já no próximo ano e o consumo cresça muito pouco, para cerca de 14,5 bilhões de litros por ano.