ARGENTINA: Setor produtivo protesta contra taxas de exportação
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Uma decisão do governo argentino está preocupando os produtores de alimentos brasileiros que dependem do trigo. É de lá que vem a maior parte do que se consome no Brasil. Na Argentina, uma paralisação de produtores rurais está dificultando a distribuição de alimentos. Os agricultores protestam contra uma medida do governo que restringiu as exportações.
Movimento começou há 12 dias - Estradas fechadas com caminhões e tratores. Dor de cabeça para quem viajou de folga na Semana Santa. Em centenas de pontos, os produtores agrícolas argentinos não deixam passar caminhões com cereais, carne de vaca e de frango e leite, o que poderia provocar, a curto prazo, desabastecimento nas grandes cidades do país. O movimento começou há 12 dias e foi provocado pelas medidas anunciadas pelo governo argentino. Com o objetivo de conter a inflação de alimentos, será adotado um esquema de retenção às exportações agrícolas, uma espécie de pedágio que atinge os principais produtores de soja, milho, girassol e trigo.
Confisco - Os empresários do agronegócio, responsáveis pela maior parte do comércio exterior argentino, não concordam e chamam as medidas de confisco. Antes do início da crise, o governo argentino já tinha determinado a suspensão das exportações de trigo do país até abril, para evitar o desabastecimento interno. Com o movimento dos produtores a situação pode ficar ruim para o Brasil, que importa entre 5 e 6 milhões de toneladas do produto anuais da Argentina, o equivalente a 80% do que consome.
Preocupação - "Nós estamos muito preocupados. O governo argentino prometeu ao governo brasileiro que liberaria a exportação do trigo argentino para o Brasil em cerca de 2 milhões de toneladas e temos notícia de que, antes do dia 25 de abril, não embarcará nenhum navio de trigo para o Brasil", explicou Luis Martins, presidente da Associação Brasileira Industrial do Trigo. (Jornal Nacional)