ARROZ II: Stephanes descarta restrição imediata às exportações de arroz
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O ministro da Agricultura, Reinhold Stephanes, afirmou na quinta-feira (24/04) que não existe risco de desabastecimento de arroz no mercado interno e descartou a possibilidade de imposições de barreiras às exportações da iniciativa privada. O ministro esclareceu que não existe intenção do governo de exportar parte dos estoques públicos que são gerenciados pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab).
Restrições - Ele lembrou que o País não adota há muitos anos uma política de restrição às exportações agrícolas e que a experiência posta em prática na Argentina não tem dado resultados positivos. Questionado se o governo avaliava a possibilidade de impor restrições à venda de arroz no mercado externo, o ministro respondeu: "não pensamos nisso no momento, mas numa situação extrema podemos chegar às barreiras, mas esse limite ainda não existe". Ele reafirmou que os estoques públicos e o produto que está armazenado pela iniciativa privada são suficientes para garantir o abastecimento interno.
Estoque - O ministro disse que o governo tem 1,5 milhão de toneladas de arroz em estoque e que a iniciativa privada tem 1,8 milhão de toneladas. Segundo ele, teoricamente, o Brasil tem condições de exportar até 1 milhão de toneladas de arroz. Além dos leilões semanais, o ministro disse que não há nenhuma outra medida em estudo para evitar uma nova alta dos preços do cereal no mercado interno. "Nesse momento, nenhuma medida está sendo avaliada. Até porque, se houver uma pressão de alta, esta pressão virá de fora e será suficientemente forte para termos condições de neutralizar", afirmou.
Varejo - Segundo Stephanes, a cadeia de beneficiamento e distribuição do arroz demonstrou interesse em manter suas marcas nas prateleiras dos supermercados. Estas empresas, diz ele, garantiram que vão controlar seus estoques para que não falte produto no mercado interno. Ele disse que a preocupação com a alta de preços dos alimentos é mundial, mas o impacto que tinha de ocorrer já aconteceu. Ele citou como exemplo o trigo, que teve uma alta expressiva de preços nas últimas semanas, mas agora começa a se estabilizar. O ministro também disse que o governo tem mantido contato com fornecedores de alimentos para monitorar a situação de preços no mercado interno. (Agência Estado)