BALANÇO SOCIAL: MEIO AMBIENTE - PARTE XXXIV

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Reafirmando o respeito aos princípios do desenvolvimento autossustentado, as cooperativas realizam ações em benefício do meio ambiente para melhorar as condições de sustentabilidade dos setores onde atuam. Para execução dessas ações, elas interagem com os órgãos governamentais, sociedade, organizações não-governamentais, funcionários e cooperados, aprimorando processos através da educação ambiental e da aplicação de tecnologias modernas de uso do solo, tratamento e destinação de resíduos, redução da emissão de poluentes, reflorestamento de áreas para fins energéticos e de preservação. A gestão ambiental faz parte da cultura das cooperativas.  Veja nesta edição e nas próximas também o que as cooperativas paranaenses realizam nesta e outras áreas. Todas as matérias aqui veiculadas estão na integra na edição nº 54 da revista Paraná Cooperativo e que pode ser acessada de forma virtual em nosso site: www.ocepar.org.br.

C.VALE - USO RACIONAL DA ÁGUA

Processos para reutilização e redução do consumo de água estão sendo desenvolvidos pelas indústrias da C.Vale. As iniciativas são colocadas em prática com a finalidade de aproveitar racionalmente os recursos naturais, uma preocupação que cresce a cada dia entre empresas e que é lembrada no Dia Mundial da Água (22 de março). No abatedouro de frangos da cooperativa o uso da água captada de poços artesianos e do rio Santa Fé é monitorado através de um programa específico. O Pura (Programa de Utilização Racional da Água) orienta os funcionários do frigorífico sobre a necessidade de economia de água nas atividades industriais. Outras iniciativas do programa prevêem o reaproveitamento de parte da água do abatedouro no sistema de tratamento de odores da fábrica de farinha e para redução da temperatura na área de espera dos caminhões carregados de frangos vivos.

Toda água utilizada no abatedouro passa por um sistema de tratamento químico e biológico dos efluentes (resíduos). Relatórios sobre monitoramento desses efluentes são entregues pela C.Vale a cada seis meses ao Instituto Ambiental do Paraná (IAP).

Tratamento de efluentes nas amidonarias › As amidonarias da C.Vale também adotam medidas de racionalização do consumo de água. As indústrias de processamento de mandioca em São José, município de Terra Roxa, e em Navegantes, interior de Assis Chateaubriand, possuem sistemas de tratamento de efluentes monitorados semanalmente por equipes da própria cooperativa e mensalmente por um laboratório privado.

A unidade de Navegantes mantém um sistema que permite o triplo aproveitamento da água, desde o processo mais limpo envolvendo o preparo do amido modificado ao mais sujo que é a lavagem das raízes de mandioca.

O plantio de árvores para recuperação de matas ciliares de nascentes, córregos e rios está sendo estimulado pela C.Vale através do programa Mata Ciliar. A cooperativa firmou convênio com o IAP, secretarias do Meio Ambiente e de Agricultura do Paraná, Emater e prefeituras para o fornecimento de mudas aos associados e está prestando assistência técnica sobre o plantio e proteção das plantas.

Estudantes plantam árvores › O entusiasmo com uma novidade era o principal sentimento de 11 alunos da Escola Municipal Arnaldo Busatto, de Alto Santa Fé, interior de Nova Santa Rosa. Os estudantes foram até a propriedade do associado da C.Vale Marino Friedrich, dia 8 de abril, plantar mudas de árvores à beira do córrego que corta a propriedade. A tarefa era parte das atividades do programa Cooperjovem, da C.Vale.

Sob as orientações da professora Marlise, filha de Marino, as mudas plantadas vão ajudar a proteger o riacho da área de 15 alqueires onde Fridriech produz grãos e leite.

Energia limpa e renovável ›  Troncos ou cavacos de eucaliptos são o combustível que abastece fornalhas e caldeiras das unidades da C.Vale. Pedaços de tronco com aproximadamente um metro de comprimento e diâmetro são usados nas fornalhas dos secadores de cereais da cooperativa. Os cavacos são aproveitados pelas caldeiras das amidonarias, da desativadora de enzima de soja, das duas fábricas de rações e do abatedouro de frangos. Só nesta última indústria o consumo diário é de 60 toneladas de cavacos.

A madeira é extraída de uma área de 1.400 hectares da C.Vale em Vila Floresta, distrito de Palotina (oeste do PR). O aproveitamento da madeira começou em 1993 com o uso de um picador móvel. Mais tarde, em 2001, com o crescimento da demanda devido às atividades industriais da C.Vale, a cooperativa construiu uma central de produção de cavacos.

A opção pelo uso de madeira como combustível foi tomada pelo menor custo da madeira em comparação a outras fontes de energia. A madeira é mais barata que o óleo diesel, gás natural e gás liquefeito de petróleo. É uma forma ambientalmente correta de exploração da madeira, porque é renovável e sustentável. A produção de gás carbônico gerado na queima da madeira é compensada pela geração de oxigênio pela floresta de eucaliptos. As árvores produzem oxigênio por sete anos, período que elas levam até chegar ao ponto de corte.

Para agilizar a produção de madeira, a C.Vale utiliza mudas clonadas de eucaliptos. A vantagem dessa tecnologia é a uniformidade do crescimento das plantas e a maior produtividade por hectare. O processo produtivo envolve, de forma permanente e direta, 50 pessoas nas atividades de plantio, beneficiamento e transporte da madeira

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