BALANÇO SOCIAL: MEIO AMBIENTE - PARTE XXXVI

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Reafirmando o respeito aos princípios do desenvolvimento autossustentado, as cooperativas realizam ações em benefício do meio ambiente para melhorar as condições de sustentabilidade dos setores onde atuam. Para execução dessas ações, elas interagem com os órgãos governamentais, sociedade, organizações não-governamentais, funcionários e cooperados, aprimorando processos através da educação ambiental e da aplicação de tecnologias modernas de uso do solo, tratamento e destinação de resíduos, redução da emissão de poluentes, reflorestamento de áreas para fins energéticos e de preservação. A gestão ambiental faz parte da cultura das cooperativas.  Veja nesta edição e nas próximas também o que as cooperativas paranaenses realizam nesta e outras áreas. Todas as matérias aqui veiculadas estão na integra na edição nº 54 da revista Paraná Cooperativo e que pode ser acessada de forma virtual em nosso site: www.ocepar.org.br.

COAGRU - PRESERVAÇÃO E QUALIDADE DE VIDA

A Coagru atua com base em três pilares: o econômico, o social e o ambiental. O pilar ambiental é tratado com muita atenção pelo Coopervida - Programa Coagru de Preservação Ambiental - que desenvolve ações de conscientização, preservação do meio ambiente e melhoria da qualidade de vida.

Programa Mata Ciliar › Há três anos durante os meses de setembro e outubro a Coagru, em parceria com o IAP/Campo Mourão, distribui aos seus associados cerca de 70.000 mudas de árvores nativas para plantio em área de manancial. Os produtores são orientados sobre a forma correta de manejar o plantio e da importância da mata ciliar na conservação dos rios. O intuito da parceria é incentivar o plantio de árvores, contribuir para a melhoria da qualidade de vida e garantir reservas de água para as futuras gerações.

Coleta itinerante de embalagens de agrotóxicos › Dentre as atividades executadas em 2009, destaca-se a coleta itinerante de embalagens de agrotóxicos, que é realizada três vezes ao ano, nas unidades de Ubiratã, Campina da Lagoa, Nova Cantu e Anahy. Em parceria com a Adita - Associação dos Distribuidores de Insumos e Tecnologia Agropecuária - foram retiradas do meio ambiente até setembro de 2009 cerca de 101.533 embalagens vazias de agrotóxicos. Essa iniciativa facilitou a rotina dos associados, que anteriormente gastavam com o transporte e tinham que enfrentar longas filas para fazer a entrega. Além da coleta, os associados são orientados pelos técnicos da cooperativa sobre os cuidados na aplicação dos defensivos, a tríplice lavagem e a maneira correto de descarte das embalagens.

CAPAL - INVESTIMENTO EM MEIO AMBIENTE

Na Capal, de Arapoti, a responsabilidade social anda de mãos dadas com o conceito de desenvolvimento sustentável. Nos cuidados com o meio ambiente, destacam-se ações como o Licenciamento Ambiental para todos os empreendimentos da cooperativa, inclusive da Unidade Operacional inaugurada em 2008 em Wenceslau Braz, no Paraná.

Fundada em 19 de setembro de 1960, a Capal atua na industrialização de rações, produção de sementes, secagem e armazenagem de grãos, comercialização de fertilizantes e defensivos agrícolas, suínos, grãos, leite, combustiveis e medicamentos veterinários. Com a finalidade de aliar a atividade agroindustrial com preservação ambiental, a cooperativa implantou o Programa de Controle Ambiental.

As ações do Programa abrangem fortes investimentos em equipamentos para captação de impurezas geradas pelo processo de secagem de grãos de suas unidades. Junto com os novos equipamentos, foram instaladas centrais de captação de pó. Estas centrais interligam todos os equipamentos geradores de pó, entre os quais, secadores, moegas, tombadores, máquinas de pré e pós limpeza, etc.

As centrais de captação de pó funcionam através de um sistema de ciclone, que faz o ar girar em alta velocidade. Com isso o ar é purificado e devolvido para a natureza sem prejuízos. Na parte nova os resíduos de pó são utilizados  para gerar energia para o processo de secagem de grãos. Na parte velha o pó produzido é utilizado como adubo na agricultura. 

COOPAVEL - PRESERVAR A ÁGUA PARA GARANTIR O FUTURO

Desde que foi lançado, em setembro de 2004, o Projeto Água Viva Coopavel, de  preservação e recuperação de nascentes tem alcançado grande repercussão junto aos mais de 3.000 associados da Coopavel, bem como junto a associados de outras cooperativas do Paraguai, do Brasil e principalmente no Nordeste e Centro Oeste brasileiros. Hoje já são mais de 12 estados que contam com fontes de água recuperadas pelo projeto.

Esse foi o projeto criado para incentivar e auxiliar as famílias rurais a preservar a qualidade da água que jorra em abundância nas propriedades das regiões oeste e sudoeste paranaense, mas que às vezes falta, em tempos de estiagem prolongada. A preservação é feita através de uma técnica denominada de solo-cimento. Utilizando-se materiais simples como pedras de vários tamanhos, terra, que vai misturada ao cimento e alguns pedaços de canos de PVC, se faz a proteção da nascente. Isso elimina, por exemplo, o acesso de animais silvestres, ou o acúmulo de folhas, evitando a contaminação da água. Em complemento à preservação das nascentes está a manutenção da saúde das famílias de produtores, pois muitas doenças que afetam o ser humano têm origem na má qualidade da água consumida. E também os animais da propriedade - aves, vacas de leite e suínos - se manterão mais saudáveis ao consumirem água livre de contaminação. Como reflexo, o produtor vê melhorar o resultado da sua produção, seja na eficiência dos lotes ou no volume de leite.

Além da importância da preservação das nascentes, o Projeto Água Viva, também pôs à mostra uma característica bem conhecida dos produtores rurais, a solidariedade. Quando um associado vai executar o trabalho na sua propriedade, costuma contar com o companheirismo de parentes e vizinhos, através de mutirões. Em Agosto de 2008 a iniciativa da Coopavel foi premiada como o melhor projeto ambiental do Brasil pela OCB e revista Globo Rural.

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