Brasil pode retaliar EUA

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O Portal Exame traz a interessante reportagem “A China vai conquistar o mundo. E sua empresa está na mira”, onde os redatores André Lahoz e José Roberto Caetano analisam o poder da "estrela de primeira grandeza da economia internacional”. Segundo a reportagem, “a China começa a mostrar ao mundo uma faceta menos conhecida e mais temível - a de devoradora de mercados”, cuja aparentemente inesgotável de consumir está se transformando em pesadelo pela voracidade com que produz. Nada menos que 75% dos brinquedos, 55% dos calçados, metade das câmeras digitais e 35% dos celulares consumidos no planeta já são manufaturados na China. As exportações chinesas somam 600 bilhões de dólares e crescem a fantásticos 35% ao ano”.

Forçando a redução de preços – Quem deseja sobreviver diante da concorrência chinesa tem que reduzir o preço de seus produtos em pelo menos 20%. “Fundamental é saber como reagir. É o que mostra a própria experiência brasileira. As empresas enfrentaram um desafio similar ao atual no início da década de 90, quando o governo abriu a economia e sepultou uma longa tradição protecionista”, lembra a reportagem. A competitividade chinesa se faz com mão-de-obra barata, a grande vantagem do país, cujos agricultores buscam emprego na construção civil e nas crescentes indústrias. Os grandes grupos econômicos mundiais se aproveitam do menor custo da mão-de-obra para não perder os mercados que ganharam, deslocando para a China suas indústrias.

Meios não tão legais – A reportagem do portal Exame mostra o outro lado da competitividade chinesa: “É bom que se diga, ainda, que a China utiliza todos os recursos possíveis para competir no mercado mundial, incluindo os meios ilegais, como a falsificação, o contrabando e o subfaturamento. Fábricas chinesas são a origem da maioria dos brinquedos, CDs, armações de óculos, tênis, relógios, bolsas e outros produtos piratas que invadem o Brasil. O preço chega a ser um décimo de um concorrente formal”.

As razões da preocupação – Do texto da reportagem extraímos algumas informações comparativas entre custo de produção da economia chinesa e a brasileira:

- O PIB da China cresce quase 10% ao ano e já representa o triplo do brasileiro.
- As exportações são seis vezes superiores às brasileiras.
- As vendas externas de um único setor da economia chinesa, o têxtil, devem superar a balança de exportações totais do Brasil.
- A produção chinesa de calçados é de 7 bilhões de pares por ano, contra ante 755 milhões do Brasil.
- Menor custo da mão-de-obra: na indústria automobilística é quase três vezes menor.
- As máquinas chinesas custam até 55% mais barato.
- Os calçados chineses custam até 60% mais barato que os brasileiros.
- Os produtos têxteis chineses custam até 60% mais barato e exportações

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