BRASÍLIA: Ocepar participa de reunião no Mapa sobre Plano Safra
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O presidente do Sistema Ocepar, João Paulo Koslovski, e o superintendente, José Roberto Ricken, acompanhados do chefe do Departamento de Economia Rural da Seab, Francisco Simioni, participaram, nesta quarta-feira (03/03), na sede do Ministério da Agricultura, em Brasília, de reunião com o secretário executivo do Mapa, José Gerardo Fontelles, e com os diretores José Maria dos Anjos, da Secretaria de Política Agrícola e Wilson Vaz de Araújo, Departamento de Economia de Agrícola.
Propostas - A pauta desta reunião no Mapa era detalhar as propostas que foram apresentadas ao ministro Reinhold Stephanes, no último dia 1º de março, durante reunião realizada na sede da Ocepar, com a presença do presidente da Faep, Ágide Meneguette, Koslovski e Simioni, da Seab, sobre o Plano Safra 2010/2011 para as culturas de verão e também para o trigo. O presidente do Sistema Ocepar detalhou aos diretores do Mapa sobre a necessidade de implementação novos programas vinculados ao cooperativismo, os quais o setor está sugerindo para que sejam inseridos no novo Plano Safra.
Novos programas - Entre as propostas apresentadas pela Ocepar está a criação dos Programas de Varejo para o Cooperativismo, que prevê a disponibilização de recursos no âmbito do Prodecoop (Programa de Desenvolvimento Cooperativo para Agregação de Valor à Produção Agropecuária) para o desenvolvimento de projetos de intercooperação e de agregação de valor aos produtos industrializados pelas cooperativas. O Prodecoop, gerido pelo BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social), destinou às cooperativas agropecuárias brasileiras o valor de R$ 3,3 bilhões de 2002 a 2009, consolidando-se como importante fonte de recursos para o setor. A ideia é propiciar condições para que o setor possa investir especialmente na agroindustrialização, em franca expansão entre as cooperativas, e, dessa forma, aumentar a oferta de produtos prontos para o consumo.
Pesquisa - As cooperativas também estão sugerindo a inserção do Programa Cooperativo de Pesquisa Agropecuária no PAP 2010/11. Por meio dele, seriam destinados US$ 100 milhões anuais, com prazo de reembolso de até 10 anos, com três de carência. Os beneficiários seriam as cooperativas de pesquisa agropecuária e fundações ligadas a cooperativas agropecuárias que investiriam os recursos na construção, ampliação e modernização de laboratórios de pesquisa; aquisição de equipamentos e softwares de informática; obras de modernização e construção de centros de pesquisa, programas de capacitação de pesquisadores, entre outros itens.
Arenito - Um terceiro programa sugerido pelas cooperativas, através da Ocepar, inclui a criação de um programa específico visando a Recuperação de Áreas Degradadas na Região do arenito Caiuá, no Noroeste do estado. Pela proposta, entregue ao ministro Reinhold Stephanes e detalhada aos diretores do Mapa, o setor produtivo teria a disposição uma linha de financiamento, com recursos vindos do BNDES, na ordem de R$ 400 milhões para itens de investimento e R$ 300 milhões para custeio da produção, a uma taxa de juros de 4% ao ano, 10 anos para o pagamento de financiamento, e as garantias do crédito rural.
Trigo - Na proposta para a cultura de trigo, está a necessidade da garantia de preço mínimo, apoio para comercialização da produção, e R$ 230 bilhões em recursos para custeio da safra, além de medidas que visam proteger o trigo nacional da concorrência com o produto importado. Segundo Koslovski, na reunião realizada com os diretores do Mapa ficou definida a realização de uma reunião para discutir mais detalhadamente a proposta de classificação para o cereal.
Recursos para a safra - Já o chefe do Departamento de Economia Rural da Seab, Francisco Simioni, detalhou sobre a necessidade de aumento de recursos para o financiamento de custeio, comercialização e investimento da próxima safra de R$ 107,5 bilhões para R$ 130 bilhões, dos quais R$ 18 bilhões para a agricultura familiar e R$ 112 bilhões para a agricultura empresarial. De acordo com ele, o setor produtivo paranaense também está propondo a manutenção da taxa de juros da linha de crédito do Programa Mais Alimentos em 2% ao ano e nas demais linhas do Pronaf (Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar) em até 4%, no máximo. Solicita ainda a redução das taxas de juros do crédito rural de custeio de 6,75% para 5,75% ao ano; a manutenção dos preços mínimos e a disponibilização de recursos para apoiar a comercialização de, no mínimo, 1/3 da safra brasileira; a garantia de recursos orçamentários para a subvenção ao prêmio do Seguro Rural de, no mínimo, R$ 600 milhões e o aumento da cobertura para todas as culturas, entre outros itens.