C.VALE: Mendonça de Barros mostra benefícios do etanol

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A valorização dos produtos agrícolas se manterá em 2008 e, caso o clima ajude, poderá contribuir fortemente para a recuperação do agronegócio brasileiro após a crise do período 2005-2006. Os preços continuarão em patamares elevados puxados, principalmente, pelo crescimento da demanda por bioenergia. O etanol é o maior responsável pela disparada dos preços agrícolas ao longo de 2007 já que fez aumentar a disputa por grãos e estimulou a alta dos preços internacionais das carnes e do leite, segundo o consultor Alexandre Mendonça de Barros. Ele explica que o crescimento da demanda por etanol levou os produtores norte-americanos a ampliar a área de milho em busca de maior remuneração e a reduzir o cultivo de soja e algodão.  Em conseqüência da diminuição da oferta, os preços desses dois últimos produtos também subiram. "A presença do etanol mudou totalmente o cenário de um ano para o outro", comentou.

Produção - Convidado pela C.Vale e Syngenta para apresentar as tendências do agronegócio, Mendonça de Barros disse, no dia 5 dezembro, que a produção de etanol nos Estados Unidos "explodiu" em 2007. O consumo de milho para fabricação do combustível deve totalizar 84 milhões de toneladas, mais do que toda produção brasileira do grão, que é de 51 milhões de toneladas. Este quadro favorável aos agricultores brasileiros não irá se desfazer tão cedo, na avaliação do sócio da MB Agro. Ele considera que o fato de dezenas de usinas de etanol estarem sendo construídas ou ampliadas manterá em alta a demanda por milho e dará sustentação aos preços ao longo de 2008.

Oportunidade - Ao falar para aproximadamente 500 associados da C.Vale e familiares, na Asfuca de Palotina, Mendonça de Barros disse ver na bioenergia uma grande oportunidade para o Brasil ampliar sua participação no mercado internacional. Ele aponta o Paraná como o grande beneficiário da "onda" etanol. Com grande produção de milho e contando com o Porto Paranaguá, o estado poderá exportar o produto, ganhando com sua valorização. Já o Mato Grosso, distante dos portos e prejudicado pela taxa cambial, enfrenta um dilema. Para o consultor, o estado precisará transformar grãos em proteína vegetal e exportar carne se quiser tirar proveito dos altos preços agrícolas internacionais. (Imprensa C.Vale)

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