CAFEICULTURA: Setor pede ações do governo para elevar consumo
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Incrementar políticas para o aumento do consumo interno e das exportações de café. Essa foi a pauta da audiência entre representantes do setor da cafeicultura com o ministro da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Reinhold Stephanes, na quinta-feira (03/01), em Brasília. A expectativa do setor é que, em 2010, o consumo interno atinja 20 milhões de sacas de café e o Brasil se torne o maior consumidor mundial.
Produtor acredita e investe - De acordo com o presidente da Associação Brasileira da Indústria do Café (Abic), Guivan Bueno, que participou da audiência, o cafeicultor brasileiro tem investido na lavoura, aumentando a produtividade e a qualidade do café. "Hoje, o país consome 17 milhões de sacas e é o segundo do ranking mundial depois dos Estados Unidos", destacou Bueno, acrescentando que o setor está bem-estruturado, tem o apoio do Fundo de Defesa da Economia Cafeeira (Funcafé) e um fórum de discussões como o Conselho Deliberativo da Política do Café (CDPC).
Café solúvel - Outro tema debatido com o ministro Stephanes foi o aumento da participação do café solúvel no mercado internacional. O presidente da Associação Brasileira da Indústria de Café Solúvel (Abics), Edivaldo Barrancos, é favorável à política de incentivo à exportação de café com valor agregado, como é o caso dos cafés solúveis e dos torrados e moídos. Para ele, esta medida gera mais empregos para o País e abre novos mercados, como a Rússia, Japão e Inglaterra, países tradicionalmente consumidores de chá. Barrancos acredita que a China, também, poderá vir a consumir o café solúvel brasileiro.
Produto brasileiro é competitivo - O presidente do Conselho dos Exportadores de Café do Brasil (Cecafé), João Antonio Lian, avaliou que o "Brasil tem uma cafeicultura moderna, competitiva, eficiente e sustentável". O consumo mundial de café tem crescido e "nós pretendemos manter a participação brasileira no mercado internacional". As exportações de café chegam a 29 milhões de sacas. O principal desafio, segundo Lian, é em relação às barreiras tarifárias para os cafés industrializados brasileiros, principalmente, as impostas pela União Européia, que chegam a 9%. (Mapa)