CARNES: Governo e iniciativa privada se unem para ampliar exportações pelo PR
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Os Portos de Paranaguá e Antonina farão parte do chamado Corredor de Exportação de Congelados, iniciativa liderada pelo superintendente da Administração dos Portos de Paranaguá e Antonina (Appa), Eduardo Requião, e pelo ministro da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Reinhold Stephanes, e que conta com o apoio de frigoríficos do Paraná e do Brasil. Cerca de 30 empresários do setor estiveram no Porto de Paranaguá para conhecer a estrutura existente e apresentar suas necessidades.
Investimentos - A meta é aumentar as exportações pelos portos paranaenses, ampliando inicialmente em 50 mil toneladas por mês o embarque de carnes congeladas. E, para atender a essa demanda, a Appa prevê a aplicação de R$ 25 milhões na construção de um complexo público frigorificado, com capacidade para 16 mil toneladas. A previsão é que a obra esteja concluída em setembro de 2008. De acordo com Ciliomar Tortola, diretor da Frangos Canção, esta foi a primeira vez que se pensou em reunir o segmento em busca de uma solução conjunta. "Pela primeira o setor produtivo é convocado pelo Governo para discutir uma estrutura desta amplitude. Com este terminal, teremos a oportunidade de utilizar mais os portos e ampliar nossas exportações. Paranaguá e mais viável para as empresas do Paraná", avaliou.
Presenças - Estiveram ainda reunidos representantes das empresas Friboi, AJS, Vapza, Curtume Vanzella, Frigorífico Margem, Averama, Tectron Nutrição Animal, Lacto, Avícola Feripc, Thermokey do Brasil, Directa Line Logística e Martini Meat, além de diretores da Appa e técnicos do Ministério da Agricultura.
Linhas - Para que o eixo da exportação da carne do Brasil mude para os portos do Paraná, é necessário além do aumento da área de armazenagem, aumento do volume de mercadorias. "Este novo terminal agilizará o fluxo de navios, sem esperas. Para isso, precisamos de um grande volume de cargas. Na medida que transformamos os portos, alavancamos a economia do Paraná. Quanto maior for a velocidade oferecida pelos nossos portos, teremos uma eficiência maior e custos mais baixos", declarou Eduardo Requião. "A integração entre Ministério da Agricultura e Governo do Paraná busca fazer com que o eixo da exportação da carne do Brasil, de bovinos e aves, passe para o Porto de Paranaguá em função das agilidades que serão oferecidas, tanto no aspecto aduaneiro como na competitividade, sobretudo se analisarmos o modal rodoferroviário em relação aos outros Estados do Brasil", afirmou o superintendente Federal no Paraná do Ministério da Agricultura, Pesca e Abastecimento, Daniel Gonçalves Filho.
Estrutura - Além do complexo público que será construído no Porto de Paranaguá, os exportadores de congelados já contam com estruturas privadas, como é o caso da Sadia, que tem um armazém com capacidade para 8,5 mil toneladas, e a Ponta do Félix, em Antonina, com 13,5 mil toneladas. "Este projeto é de suma importância para o Paraná, porque novas cargas serão atraídas. Temos a melhor condição a oferecer para o exportador, com uma localização privilegiada e órgãos federais atuantes", ressaltou José Augusto Desordi, diretor do terminal Ponta do Félix.
Fiscais do Mapa - Para dar mais agilidade ao processo aduaneiro no Porto de Paranaguá, o superintendente Federal no Paraná do Ministério da Agricultura, Pesca e Abastecimento, Daniel Gonçalves Filho, já anunciou a primeira medida: ele vai determinar que os fiscais federais do Ministério da Agricultura mudem-se imediatamente ao novo prédio erguido pela Appa para abrigar os órgãos federais. "Estamos aqui no Porto há 16 anos e temos observado que o trabalho que o superintendente Eduardo Requião tem feito é ímpar no Brasil, de moralização de melhoria na infra-estrutura. O Ministério da Agricultura não poderia deixar de estar aqui para dar sua colaboração para que a gente possa dar mais eficiência nas exportações brasileiras", afirmou. (Agência Estadual de Notícias)