CARNES II: Coopercentral Aurora planeja exportar para mercado europeu

  • Artigos em destaque na home: Nenhum

A União Europeia deve aprovar, em breve, a importação da carne suína catarinense para consumo naquele continente. Quando isso ocorrer, a unidade industrial da Coopercentral Aurora, de Chapecó (SC), será provavelmente a primeira empresa a fornecer carne aos europeus. Esse privilégio se deve ao fato desta indústria ter sido a única escolhida pelos organismos europeus - entre todas do Brasil - para ser inspecionada e receber habilitação à exportação. "Nós nos preparamos para sermos os primeiros", exalta o presidente da Aurora - um dos maiores conglomerados agroindustriais do país - Mário Lanznaster.

Relatório - Relatório da missão técnica que veio ao Brasil no segundo semestre do ano passado, publicado nesta semana, revela que foram levantadas algumas não-conformidades, relativamente fáceis de serem equacionadas, como o uso do promotor de crescimento ractopamina na nutrição animal (substância inofensiva à saúde humana). "Agora falta apenas a aprovação formal do Comitê de Veterinários da União Europeia e a implementação do sistema de rastreabilidade para garantir o não-uso da ractopamina", festeja Lanznaster.

Abate humanitário - Além de se possuir plantas industriais modernas e qualificadas para exportações, a Coopercentral foi uma das primeiras empresas brasileiras a aderir ao Programa Nacional de Abate Humanitário, mundialmente conhecido pela sigla STEPS. O objetivo do programa é minimizar o sofrimento que possa ser causado aos animais, melhorar o ambiente de trabalho e a qualidade do produto final. O programa eleva a qualidade da carne e proporcionará uma vida melhor aos milhões de animais destinados ao consumo.

Exigência - Mário Lanznaster mostra que a implantação desse aperfeiçoamento em estabelecimentos exportadores era uma das exigências da Comunidade Europeia. O programa de abate humanitário atende a essa demanda e, também, satisfaz a legislação brasileira, as diretrizes da OIE, as leis européias e o movimento global em favor dessa causa. "É parte das exigências do mercado que compra carne brasileira, pois o Brasil é um país produtor de proteína de origem animal e grande exportador. Mercados mais exigentes, como a União Europeia, praticam esses padrões há muitos anos e, agora, exigem esses preceitos dos seus fornecedores", expõe.

Acordo - A adoção dos princípios e conceitos do abate humanitário tornou-se prioridade nos últimos anos. Em 2008, o Ministério da Agricultura Pecuária e Abastecimento e a Sociedade Mundial de Proteção Animal (WSPA) firmaram acordo de cooperação visando implementar melhorias no bem-estar e no manejo pré-abate dos animais de produção no Brasil. 

Indústria - a indústria de abate e processamento de suínos habilitada para a exportação é principal unidade da Aurora, localizada em Chapecó (SC). A planta industrial, conhecida como FACH-1, abate 4.600 cabeças/dia e emprega 2.300 funcionários. A área física da planta industrial totaliza 39.948 metros quadrados de área construída. Essa unidade frigorífica já estava credenciada para exportação aos mercados da África do Sul, Albânia, Argentina, Cingapura, Cuba, Equador, Hong Kong, Paraguai, Rússia, Ucrânia e Uruguai, entre outros. (Imprensa Aurora)

Conteúdos Relacionados