COCAMAR II: Produtores e técnicos conhecem café mecanizado em Minas Gerais
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Os produtores e técnicos que participaram da viagem promovida na semana passada pela cooperativa para os municípios de Araguari, Monte Carmelo, Patrocínio e Patos de Minas, no Triângulo Mineiro, para ver lavouras mecanizadas de café, voltaram empolgados. Eles viram que a mecanização reduz drasticamente os custos com mão de obra, aumenta a produtividade dos cafeeiros e, com isso, a escassez de trabalhadores deixa de ser um impeditivo para a expansão das lavouras. Em Minas, os dois grupos que viajaram em dias diferentes foram recebidos por cafeicultores que, na última década, deixaram o Paraná, caso da família Dianin, que vivia em Iporã, e de Nélson Rivellini, de Cambira.
Produtividade - Os Dianin estão radicados em Monte Carmelo, onde detém 136 hectares e produzem uma média de 50 sacas beneficiadas por hectare. Mário Dianin, que foi funcionário da Cocamar nos anos 1980, contou que o objetivo deles é investir cada vez mais no aumento da produtividade, e que chegaram a erradicar uma lavoura que produzia "apenas" 37 sacas/hectare. Em Patrocínio, Rivellini consegue um pouco mais: 60 sacas beneficiadas por hectare, e o objetivo é continuar evoluindo. Só para efeito de comparação, as lavouras da região da Cocamar produzem, na média, entre 10 e 15 sacas beneficiadas por hectare. O presidente da Copermonte, a cooperativa de cafeicultores de Monte Carmelo, Creuzo Takahashi disse que não existe viabilidade para a cafeicultura conduzida manualmente. Hoje, os custos com mão de obra representam 40% dos custos totais. "A margem é muito apertada, não há como sobreviver".
Lucratividade - Em Minas, os paranaenses viram que a cafeicultura conduzida com profissionalismo e o uso de máquinas em todas as suas etapas, oferece uma taxa de retorno de 10% ao ano. "Em dez anos, a atividade se paga, incluindo a terra", garantiu o presidente Takahashi. A Cocamar possui 7 mil hectares cultivados com café, sendo a maioria das propriedades de pequeno porte. Segundo o coordenador de culturas perenes da cooperativa, engenheiro agrônomo Leandro Cezar Teixeira, cerca de 10% desse total já usam algum tipo de mecanização, mas ainda de forma parcial. (Imprensa Cocamar)