COMBUSTÍVEIS: Stephanes e Hubner discutem aumento da mistura de álcool à gasolina

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O ministro da Agricultura, Reinhold Stephanes, e o interino das Minas e Energia, Nelson Hubner, discutem nesta quarta-feira (13/06) com representantes dos usineiros os detalhes finais para o aumento da mistura do álcool anidro à gasolina, de 23% para 25%. A reunião está prevista para o período da manhã no gabinete de Stephanes, em Brasília. Em fevereiro do ano passado, o governo reduziu para 20% a mistura do anidro à gasolina e só aumentou para 23% em 20 de novembro de 2006, apesar de os usineiros pressionarem pelos 25%, o máximo permitido pela legislação. Caso a reunião de amanhã defina pelo aumento, ele deve valer a partir do início de julho, já que por questões logísticas é necessário um período de 20 dias para que a Petrobras, responsável pela mistura, possa fazer as adequações necessárias. Para cada ponto percentual de aumento é gerada uma demanda de aproximadamente 100 milhões de litros de álcool por mês, ou seja, com o novo aumento a demanda extra deve chegar a 200 milhões de litros.

Aumento - Essa demanda representaria um aumento de 20% no consumo de 1 bilhão de litros de álcool só no Centro-Sul e pode colaborar para o aumento no preço do combustível, que há sete semanas cai nas usinas paulistas. Na semana passada, o litro do anidro caiu para R$ 0,6866, na média, o valor mais baixo dos últimos dois anos. O aumento na mistura também trará, no mesmo sentido, a economia de cerca de 200 milhões de litros de gasolina, substituídos pelo álcool. Pode ainda colaborar para a redução nos preços da gasolina, já que o valor do álcool é menor que o do combustível de petróleo. No entanto, esse aumento também deve ser pequeno, em torno de R$ 0,02 por litro da gasolina.

ANP - O aumento do percentual de álcool na gasolina tem por objetivo conter a queda dos preços do álcool nas usinas. Apesar dos preços mais baixos, na bomba, o consumidor ainda não sentiu diferença. Dados da Agência Nacional do Petróleo (ANP) mostram que em maio o preço médio do álcool hidratado na bomba era de R$ 1,456, valor 1,4% acima do registrado em abril. No sentido oposto, os preços do álcool na usina tiveram uma queda de 26,6%, passando de R$ 0,941 em abril para R$ 0,690 em maio. Apesar de Stephanes já ter defendido publicamente o aumento do percentual, é necessário que haja um consenso entre os ministérios da Agricultura, Fazenda, Minas e Energia e Desenvolvimento, Indústria e Comércio, membros do Conselho Interministerial do Açúcar e do Álcool (Cima). (Agência Estado)

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